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Casos de síndrome respiratória saltam mais de 350% no Estado

Mato Grosso registra aumento de 353,8% de pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os números saltaram de 1.796 casos notificados em 2023, para 8.152 até o dia 22 de outubro de 2024. O aumento é decorrente dos vírus sincicial respiratório (VSR), influenza, covid-19, além de outros que estão sem definição do perfil viral. Os dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam ainda que, dos 8.152 casos registrados este ano, 7.843 não tem diagnóstico que define o tipo de vírus respiratório.

Entre os casos de SRAG notificados, 249 são para influenza A, (52) H1N1, (7) influenza B e (1) H3N2. A covid-19 é considerada uma síndrome respiratória, porém, devido à pandemia, os casos notificados desta doença compõem um banco específico. Este ano, foram registrados 31.213 casos de covid-19 em Mato Grosso. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os casos de SRAG sem definição específica são aqueles em que o exame dá positivo para a inf luenza, mas que não é possível detectar o subtipo do vírus.

Ressalta que independentemente da subtipagem, todos os casos positivos devem receber os cuidados recomendados ao quadro de influenza. Médico pneumologista, Clóvis Botelho, explica que e difícil identificar o tipo de vírus respiratório, e por falta desta identificação, muitos casos são tratados sem definição do diagnóstico do vírus.

“Isso acontece pela dificuldade de encontrar o agente, então são poucos os casos testados, mas de qualquer forma, é importante a população se atentar aos vírus respiratórios que evoluem com celeridade para casos graves. A imunização é o principal fator de prevenção do agravamento da síndrome respiratória, então é primordial manter o calendário vacinal em dia”.

Em termos nacionais, há um aumento expressivo nos casos de SRAG, o que chama a atenção para a baixa cobertura vacinal em vários estados, além da necessidade da realização de campanhas de conscientização. O idoso Arlindo Carlos da Costa, 81, morador no município de Nobres (146 km a médio-norte de Cuiabá), não teve tempo de se imunizar. Ele contraiu a covid-19 em 2020, e até hoje sofre com sequelas da doença.

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“Não precisei internar, tratei em casa com remédios, mas logo depois meus rins pararam de funcionar, e desde então preciso fazer diálise três vezes na semana”. Conta que, tinha com frequência infecção urinária de repetição, além de pedra nos rins, e com a covid-19 o órgão foi acometido com quadro de insuficiência renal.

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