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Novas revelações de ‘celular bomba’ sugerem envolvimento de mais servidores do STJ em esquema

Novos diálogos revelados entre o lobista Andreson Gonçalves e o advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, sugerem que o esquema de venda de decisões judiciais envolve mais de um gabinete do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As informações são do site UOL. As mensagens indicam possíveis pagamentos a funcionários e discussões sobre processos em andamento, incluindo uma disputa de posse de terreno em Mato Grosso. As investigações da Polícia Federal agora se voltam para o quinto gabinete do STJ mencionado nas apurações, ampliando as suspeitas sobre o funcionamento desse esquema de corrupção.

Em uma das conversas, datada de julho de 2020, Andreson e Zampieri falam sobre um processo de interesse do grupo e tentam direcioná-lo para a ministra Isabel Gallotti. Andreson tranquiliza Zampieri, dizendo: “Esse problema seu é meu. Fica tranquilo.” Apesar da tentativa de manipulação, a decisão da ministra não foi favorável ao esquema, mas o diálogo evidencia a influência que tentavam exercer sobre o gabinete. O processo envolvia uma agropecuária de Mato Grosso, indicando que o esquema tinha ramificações no setor.

Outro diálogo relevante ocorreu em junho de 2021, quando Zampieri e Andreson discutiram uma disputa de posse de terreno por outra agropecuária de Mato Grosso. Zampieri solicita que Andreson “converse com a menina lá”, sem mencionar nomes diretamente, em referência à ministra Nancy Andrighi. Ele reforça que “precisa muito dessa decisão”. A ministra, por sua vez, negou qualquer favorecimento às partes representadas por Zampieri, mas o diálogo aponta para mais uma tentativa de interferência.

As mensagens também revelam que Andreson frequentemente mencionava decisões do ministro Moura Ribeiro, alegando que havia “conseguido” ou “resolvido” no gabinete. Em uma das trocas de mensagens, Andreson avisa Zampieri que um funcionário estava insatisfeito por ainda não ter recebido um pagamento. Zampieri prontamente responde que está com “os documentos” e que a entrega seria feita “sem falta”, mostrando um padrão de troca de favores e subornos envolvendo decisões judiciais.

Esses diálogos foram obtidos a partir de um segundo chip do celular de Zampieri, analisado pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e posteriormente encaminhado à Polícia Federal. As conversas trouxeram novos elementos para as investigações, especialmente sobre o envolvimento de funcionários dos gabinetes do STJ. Agora, a PF avalia se há indícios suficientes para ampliar o inquérito e incluir o gabinete do ministro Antônio Carlos Ferreira.

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A defesa de Andreson Gonçalves, representada pelo escritório Prata Advocacia, afirmou que não teve acesso ao inquérito e que as mensagens de Zampieri deveriam ser usadas apenas na investigação criminal de seu homicídio.

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