O juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a intimação dos pais do aluno soldado Lucas Veloso Peres, para que forneçam o histórico médico do rapaz que morreu durante treinamento do Corpo de Bombeiros na Lagoa Trevisan, em fevereiro deste ano. O capitão bombeiro Daniel Alves Moura e Silva e o soldado Kayk Gomes dos Santos são réus no caso.
Defesas de Daniel Alves e Kayk Gomes alegam que Lucas Veloso já tinha condições cardíacas quando se submeteu ao treinamento, mas que o fato não foi informado aos oficiais. Diante disso, atribuem a morte à suposta doença pré-existente.
A Justiça deferiu pedido de perícia para investigar se a vítima tinha arritmia, bem como o acesso aos dados do plano de saúde de Lucas, mas a defesa dos réus não soube especificar qual operadora que deveria ser intimada. Por isso, os advogados pleitearam a intimação dos pais da vítima que participam do processo na condição de assistentes da acusação.
Caso não possam fornecer os dados, as defesas dos militares solicitaram, subsidiariamente, que o Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso fosse oficiado para fornecer dados sobre o plano de saúde da vítima, justificativas de faltas por razões médicas ou documentos similares.
DENÚNCIA
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De acordo com o Ministério Público, Lucas Veloso foi forçado a permanecer na água mesmo quando já estava passando mal. Durante o curso de treinamento aquático, ele ainda teria levado ‘caldos’. Em dado momento, ele submergiu. Neste momento, foi socorrido, mas os bombeiros não conseguiram reanimá-lo.
Além da condenação por homicídio doloso, o MP requer indenização de mais de R$ 1 milhão aos familiares da vítima.