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Foto de cheque em branco na galeria de celular ligou vereador Paulo Henrique a membro de facção preso, aponta juiz

Na decisão em que determinou a prisão do vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB), o juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), apontou que uma foto encontrada pelos investigadores no aparelho celular do parlamentar atestou “existência de vínculo financeiro” entre ele e Willian Aparecido da Costa Pereira, vulgo Gordão, dono do “Dallas Bar” e faccionado.

Na galeria de imagens do telefone estava uma foto de um cheque em branco em nome de Willian Gordão. A obtenção da prova foi possível porque em junho, quando foram cumpridos os mandados judiciais da Operação Ragnatela, foi apreendido o aparelho celular do parlamentar.

Ainda conforme a decisão, a análise das informações no telefone de Paulo Henrique permitiu a identificação dos demais integrantes da organização criminosa.

Gordão está preso há quase quatro meses. Conforme revelado em junho, a casa de eventos que ele possui foi comprada a vista, por R$ 800 mil, que seriam oriundos do crime organizado. Naquele espaço eram realizados eventos com shows de MCs nacionais com o fim principal de lavar o dinheiro da facção.

Esse não foi o único elo entre o vereador e o dono do “Dallas Bar”. De acordo com a decisão judicial, foram encontrados comprovantes de transferência de R$ 15 mil, feita pelo vereador para as empresas Expresso Lava Car e o Complexo Beira Rio Eventos – ambas pertencem a Gordão. Numa outra ocasião, o vereador cuiabano transferiu mais R$ 67,9 mil para a conta da mesma Expresso Lava Car.

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Conforme revelado pela Polícia Federal, o vereador mantinha contato com liderança da facção e se reunia com ele presencialmente ou por chamadas de vídeo, o que demonstra uma relação próxima entre eles.

De fato, o juiz afirma que a relação de entre o vereador e a facção teve início em 2020 e se mantém até os dias de hoje.

A prisão foi decretada pela Justiça diante das evidências da prática dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O vereador passou por audiência de custódia ainda nessa sexta-feira (20) e a prisão foi mantida.

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