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sexta-feira, 20

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Vídeo: Vereador preso exercia pressão política em favor de grupo criminoso que atuava no DAE, aponta polícia

O vereador de Várzea Grande Pablo Pereira (União), que foi preso na manhã desta sexta-feira (20) na Operação Gota D’água, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), foi apontado como o líder da organização criminosa instalada no Departamento de Água e Esgoto (DAE), em Várzea Grande. Conforme aponta a investigação da Polícia Civil, sua principal função era exercer pressão política em favor do grupo criminoso, que dificultava o acesso da população várzea-grandense à água.

Além disso, o parlamentar fazia uso da estrutura pública em benefício da sua campanha à reeleição.

Diligências revelaram o aparelhamento da Diretoria Comercial do DAE para exploração política pelo vereador, demonstrando a atuação ordenada de diversos servidores em favor da campanha à reeleição, com uso da estrutura pública da autarquia municipal. Em razão disso, foi determinada a remessa de cópia da investigação para o Ministério Público Eleitoral, para adoção das providências pertinentes”, informou a Polícia Civil.

Após ser preso, Pablo Pereira disse à imprensa que não tem nada contra ele e que ele foi conduzido à delegacia apenas para prestar esclarecimentos para a justiça. “Estamos à disposição da justiça a todo momento”, disse o vereador.

Além da prisão, um mandado de busca e apreensão no gabinete do parlamentar foi cumprido nesta manhã e ele foi afastado do cargo.

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Ao todo, foram expedidos 123 mandados judiciais pelo Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), entre prisões preventivas, busca e apreensão, suspensão de função pública, sequestro de bens e bloqueio de valores e medidas cautelares diversas.

A principal medida da Operação Gota D’água, é a determinação imediata do Município de Várzea Grande na diretoria comercial do DAE, para reestabelecer a prestação regular e efetiva do serviço público de abastecimento de água e esgoto, que foi prejudicado pelo grupo criminoso.

A denúncia do esquema teria partido do prefeito da cidade, Kalil Baracat (MDB), que foi alertado por alguém e repassou as informações para as autoridades.

Veja como funcionava o esquema

A investigação apontou que os servidores cobravam para realizar serviços que eram responsabilidade do DAE oferecer aos cidadãos de Várzea Grande. Uma auditoria revelou, ainda, que os valores devidos por usuários dos serviços de saneamento eram reduzidos indevidamente ou até mesmo excluídos do sistema, mediante recebimento de dinheiro.

Em relação apenas às duas últimas espécies de fraudes, a estimativa é que desde 2019, a autarquia tenha sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 11,3 milhões.

Veja vídeo do vereador na DECCOR:

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