O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou que oito milhões de doses da Coronavac perdessem a validade ou chegassem aos últimos dias desse prazo sem que fossem distribuídas, causando um desperdício de dinheiro público de pelo menos R$ 260 milhões, conforme levantamento da Folha de S. Paulo.
Ao todo, 10 milhões de doses teriam sido compradas em setembro do ano passado, quando a vacina já não tinha tanto protagonismo na campanha do Sistema Único de Saúde (SUS) por não ser eficiente contra as novas variantes da doença.
Mesmo assim, o Ministério da Saúde isentou o Instituto Butantan, que fabrica o imunizante, de substituir os lotes com validade inferior ao prazo estabelecido em contrato.
Conforme o jornal paulista, o cálculo é conservador porque não inclui as doses distribuídas aos estados e municípios que também perderam a validade, já que apenas 260 mil pessoas foram imunizadas com a Coronavac. No pior cenário, mais de 97% da compra se perdeu.
Questionado sobre a razão para comprar vacina que está em desuso no SUS, o Ministério não respondeu. A pasta também não informou quantas doses foram perdidas além das que continuam no estoque.
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