Raul de Souza Santana e Álvaro Fonseca da Silva foram condenados, cada um, a 38 anos de prisão por terem matado e incendiado os corpos de João Victor Ribeiro da Silva e Janelise Gonçalves Mota, em Rondonópolis, em abril de 2022. As vítimas foram feridas com golpes de faca antes de serem carbonizadas.
De acordo com denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), os réus integravam a organização criminosa Comando Vermelho. Os crimes ocorreram entre os dias 20 e 22 de abril de 2022 em uma propriedade rural localizada na estrada da Galileia, à margem esquerda do rio Tadarimana, no município de Rondonópolis.
Durante o julgamento, os jurados acolheram a tese defendida pelo MP de que os dois homicídios foram cometidos por motivo torpe, com emprego de fogo e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, essa última qualificadora, em relação ao crime praticado contra Janelise Gonçalves Mota.
Segundo o Ministério Público, os laudos de necropsia revelaram que no momento da morte a mulher estava com os membros superiores e inferiores amarrados com cordas e arames, o que teria dificultado eventual defesa. Os réus estão presos e não poderão recorrer da sentença em liberdade.
A sessão do júri, realizada nesta terça-feira (23), foi presidida pelo juiz Leonardo de Araujo Costa Tumiati e a acusação ficou a cargo da promotora de Justiça Ludmilla Evelin de Faria Sant’Ana Cardoso.
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Vingança
Segundo as investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o casal estava envolvido no crime de latrocínio que vitimou Laudemy de Souza Serafim, ocorrido dias antes, em 17 de abril, no município de Primavera do Leste (231 km de Cuiabá).
Diante disso, com o objetivo de vingar a morte do pai, o filho de Laudemy, que faz parte de uma organização criminosa, encomendou a morte de João Victor e Janelise. Além do mandante do crime, as investigações também identificaram o suspeito envolvido na execução do casal.