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Coronel investigado por integrar grupo de extermínio renuncia a cargo no MP

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O coronel da Polícia Militar Paulo César da Silva responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) renunciou ao cargo depois de virar alvo da Operação Simulacrum, que investiga o envolvimento de policiais militares em execuções disfarçadas de confrontos ocorridas em Cuiabá e Várzea Grande entre 2015 e 2023.

No documento, endereçado ao procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, o militar agradece pelo tempo em que esteve à frente do gabinete e informa que após refletir, decidiu voltar à instituição de origem, ou seja, a Polícia Militar.

Segundo ele, a decisão foi tomada para evitar que ele fosse imputado com qualquer suspeita de interferência na apuração conduzida pelo Ministério Público no bojo da Simulacrum. 

“Contudo, após cuidadosa reflexão, decidi retornar à minha instituição de origem, a Polícia Militar. Essa decisão se faz necessária para assegurar que o Ministério Público, através de seus membros, possa ter total liberdade e tranquilidade na apuração dos fatos que ensejaram a denúncia apresentada contra mim, evitando qualquer dúvida quanto à possível interferência de minha parte nesse processo”, traz trecho da renúncia.

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O coronel é suspeito de participar do grupo de extermínio composto por policiais militares responsável por ao menos 23 homicídios praticados em Cuiabá e Várzea Grande entre os anos de 2017 e 2023.

MODUS OPERANDI 

De acordo com as investigações, o grupo seguia etapas semelhantes. Uma pessoa, no caso o segurança particular, agia como informante dos policiais e recrutava as vítimas para realização do suposto crime patrimonial.

Em seguida, havia a preparação à ação policial simulada, depois a reunião com as vítimas e por último a etapa da recompensa, quando o segurança particular recebia pelos serviços prestados de cooptação das vítimas e participação na empreitada criminosa. 

Os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia Civil e do MPMT após confissão de um dos envolvidos, que atualmente está inserido no Programa de Proteção às Testemunhas.

Ao todo, foram denunciados 68 militares e um segurança particular, que delatou o esquema.

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