A advogada D.S.B.B. e uma comparsa identificada pelas iniciais G.M foram alvos de mandados de busca e apreensão e tiveram os celulares apreendidos durante o cumprimento das ordens judiciais no bojo da Operação Chicana, deflagrada nesta terça-feira (2). A dupla é acusada de dar o ‘golpe da permuta’ em um apartamento, além de pedirem R$ 50 mil em espécie.
Na casa de uma das investigadas, as autoridades encontraram dinheiro, documento e inúmeras notas de bolívares da Venezuela.
Segundo a decisão judicial que autorizou a operação, assinada pelo juiz João Bosco Soares da Silva, as investigadas propuseram um acordo de permuta com a vítima, que era vizinha de G.M e ex-esposa de um Policial Civil.
No acordo, a vítima deveria entregar um apartamento localizado no Edifício Maria Joaquina de Morais Ribeiro, no Centro de Cuiabá, além de mais R$ 50 mil em dinheiro em troca de um apartamento no Condomínio Harmonia, situado no Jardim Aclimação, também na Capital, do qual G.M seria a proprietária.
Durante as tratativas, a dupla chegou a mostrar um apartamento desocupado do Condomínio Harmonia para que a vítima avaliasse o estado. Ao averiguar o imóvel, a mulher topou o negócio.
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No dia 28 de fevereiro deste ano, vítima e suspeitas foram até o Cartório do 6º Ofício para assinar um documento de Escritura Pública em que G.M transferiria a propriedade do apartamento à vítima e vice-versa.
No dia seguinte à assinatura dos documentos, a vítima foi até o Condomínio Harmonia para tomar posse do apartamento. Todavia, quando chegou no imóvel foi surpreendida por uma inquilina, que desconhecia o negócio.
Então, a vítima procurou a síndica do prédio, que afirmou que G.M não era proprietária de nenhum apartamento naquele condomínio e sequer constava como locadora ou locatária.
Em seguida, a mulher procurou a advogada D.S.B.B, que alegou desconhecer os fatos e que tudo não passava de um ‘erro’ no cartório.
A vítima então procurou o cartório e solicitou cópia da escritura pública. No documento constava que o imóvel supostamente transferido por G.M era completamente diferente do negociado pelas partes.
Posteriormente, a mulher buscou mais informações e descobriu que as suspeitas utilizaram um apartamento em nome de um ex-cliente de D.S.B.B, que também desconhecia o esquema.
Temendo ser alvo de investigação, já que a vítima é esposa de um policial civil, a dupla devolveu os R$ 50 mil.
A vítima procurou a Delegacia de Estelionatos da Polícia Civil, que continua investigando o caso. Em checagens, as autoridades descobriram que a advogada possui uma extensa ficha criminal por delitos da mesma natureza.