De voz doce e com uma simpatia ímpar, Silvia Badra é figura de alta estima na capital. Graduada em Psicologia, tem usado sua formação nas inúmeras atividades profissionais em trilhadas até hoje. Mesmo durante o período em que morou na Inglaterra, quando o marido, Rafael, se dedicava ao automobilismo da categoria F2, jamais deixou de pesquisar o comportamento e a mente humana.
A sua inserção no universo das joias foi em 2013. Após dedicar-se anos à frente do Departamento de Psicologia no Colégio Galois, zelando por mais de 900 jovens, Silvia exauriu e optou por um período sabático. Nesse ínterim, surgiu a oportunidade de mudar de ares e assumir a gestão da joalheria Tiffany & Co., recém-inaugurada no Iguatemi Brasília. E foi lá que surgiu a paixão pela joalheria.
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Deixou a joalheria norte-americana e dedicou-se aos estudos do desenho e da ourivesaria. Inicialmente, criou para amigos e familiares. A demanda lhe fez montar um ateliê, na QI 21, Lago Sul, que tempos depois transformou-se na loja onde sua marca de nome homônimo está instalada atualmente.
“Eu aprendi a mexer, manusear, manualmente. Passei a recriar e ressignificar peças de pessoas próximas que continham significado afetivo. Ainda era um hobby, não investia financeiramente” , conta. Assim, seu trabalho foi criando, naturalmente, identidade e conceito. “Eu mantive clientes muito fiéis e que compactuam com os valores da minha marca, que são de extração mínima de pedras e metais e de aproveitamento do ouro purificado e redesenhado” , destaca.
Silvia ressalta o propósito criativo. “O que faço tem tudo a ver com a psicanálise, pois meu trabalho serve também de crítica social, além do olhar para a economia circular, bem como as atuais práticas de ESG, que considero relevantes em qualquer atuação de consumo atual” .
Ao longo desta década, diversos projetos relevantes foram realizados. Entre eles, uma parceria com as índias caiapós, onde a joalheira customizou colares com ouro, pedras preciosas e prata. E com o Instituto Proeza, desenvolvendo terços bordados, capacitando mulheres em situação de vulnerabilidade, viabilizando os seus sustentos financeiros.
A psicanálise em forma de joia
Com a transformação dos metais e pedras em joias, Silvia faz analogia com sua escuta clínica decorrente da profissão em que as pessoas são transformadas pela palavras.
Assim, na construção das peças autorais, a identidade dos clientes é o ponto de partida. Ao receber relatos de afetos e memórias, oferece novos significados a peças antigas e constrói formas modernas e atuais.
Ao evitar o excesso de extração de pedras e metais da natureza, Silvia faz um convite aos clientes, agregando ideias e participando de uma criação conjunta.
A natureza também serve de inspiração para a joalheira. As biojoias Shell são exemplo de uma marca sustentável que Silvia encontrou para criar acessórios que celebram a beleza natural do oceano.
Assim, utilizando conchas coletadas de forma responsável, as biojóias refletem a estética marinha, ao mesmo tempo em que promovem o meio ambiente e o desenvolvimento econômico em comunidades litorâneas.
Ao longo de seu percurso profissional, Silvia tambem trabalhou com dependência química, intercalando a atuação em consultório com algo aplicado à coletividade. Participou de projetos de alfabetização de adultos e de crianças ligados a servidores da Câmara dos Deputados.
O olhar para o próximo com trabalho social
Há seis anos, Silvia participou da formação original da GPS|Foundation , o braço filantrópico do Grupo GPS. Atualmente, na Foundation, desempenha a função de coordenadora de projetos e captadora de parcerias. Há pouco tempo, iniciou uma parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), onde participa de palestras e rodas de conversa com mulheres vítimas de violência doméstica.
Silvia foi uma das participantes do ‘Movimente’, evento organizado pelo Sebrae-DF, criado para estimular o empreendedorismo feminino. “Contribuí para a criação de um documento sobre saúde mental e questões implícitas, para criar autonomia paras mulheres saírem da dependência financeira de seus cônjuges e parentes” , conta.
“Eu defino o meu trabalho como a curiosidade pelas transformações da vida. Costumo dizer que atuo entre a polissemia e poliformia, entre a possibilidade de transformação do sujeito por meio da palavra e a possibilidade de transformação dos objetos através das artes e do trabalho manual” , compartilha.
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Fonte: Nacional