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O estudo ‘Atlas da Violência – Retrato dos Municípios brasileiros’ revela que a zona de fronteira de Mato Grosso com a Bolívia vem sendo dominada pela facção criminosa Primeiro Comando Capital (PCC), suplantando a anterior hegemonia do Comando Vermelho (CV), facção que predomina no território estadual. Mato Grosso tem posição estratégica para a entrada de drogas no território nacional, principalmente a cocaína e, por isso, é palco de confrontos entre as maiores facções criminosas do Brasil.
Segundo o documento divulgado nesta terça-feira (18), o PCC sempre atuou na região de fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, mas não tinha o domínio da rota rodoviária para escoar droga para os estado de São Paulo e Paraná, que passa por Sorriso.
O crescimendo do PCC em Mato Grosso está ligado a conflitos entre membros do CV que deixaram a organização e criaram a facção nativa ‘Tropa Castelar’, formada a partir de dissidentes do CV que se aliaram ao PCC no final de 2022. Reportagem do site, que foi mencionada no estudo nacional explica o surgimento da Tropa Castelar.
Conforme o estudo, esse cenário causou aumento de crimes em Sorriso e elevou a cidade para 7ª posição entre as cidades mais violenta do Brasil com mais de 100 mil habitantes. Sua taxa de homicídios é de 70,5/100 mil. A nacional é de 21,7 por 100 mil habitantes, conforme já reportado pelo site.
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Além de Sorriso, outras cidades da região também tiveram aumento significativo nos casos de violência, como revelou o estudo.
“[…] trouxe altíssimos índices também para Aripuanã e Colniza, todos no norte mato-grossense. Já no sudoeste do estado, sobressalta-se o município de Barra do Bugres, cenário de chacinas e mortes muito violentas, inclusive em ações policiais”, diz trecho do documento.