Gazeta Digital
Foi após uma cirurgia para desobstrução do intestino que Cleide Maria Gomes, 43, teve a vida mudada totalmente. Ela, que era plenamente ativa, não consegue mais trabalhar e vive sobre a cama. Tudo o que ingere “vaza” pelos orifícios deixados em seu abdômen, com acesso direto ao intestino.
Um erro médico ocorrido há dois anos a deixou assim: vivendo a base de morfina para aliviar as dores e sem conseguir sair da cama. Desde então ela recorre a variados profissionais, mas todos se negam a “corrigir” o erro anterior da operação realizada.
Em abril de 2022, Cleide precisou realizar duas cirurgias no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) para desobstruir o intestino e conseguir viver melhor. Após o procedimento, ela acordou com dois orifícios na barriga, que nunca fecharam ou receberam uma bolsa de colostomia.
“Eu fiquei 3 meses internada com dois buracos na minha barriga. Eles me deixaram isolada e depois me mandaram para casa com a alegação de que os buracos iriam fechar sozinhos. Dois anos depois eu ainda sofro com esse erro médico, tudo que eu como sai pelo buraco e, por causa das dores fortes, vivo a base de morfina”, contou ao site.
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A mulher conta que teve dois retornos médicos desde a operação e em ambos os casos os profissionais garantiram que a cicatrização ocorreria com o passar do tempo. Conforme laudo que a mesma recebeu em sua alta, o médico responsável prescreveu que ela buscasse ajuda na Unidade Básica de Saúde (USB) mais próxima de sua casa. O documento dizia ainda que a paciente não sentia dor, e que as feridas operatórias estavam secas e limpas. O que não era verdade.
“Depois dos retornos, eles pediram para que eu fizesse acompanhamento no postinho do bairro, mas as médicas do posto já disseram que minha situação não faz parte da área delas e não tem como ajudar. A única coisa que elas podem fazer por mim é prescrever morfina e outros remédios para dor”, explicou.
Cleide já tentou pedir ajuda a outros médicos no Hospital Universitário Julio Miller e em hospitais particulares, mas todos alegam que, por se tratar de um erro médico, apenas o HMC pode resolver a situação dela. Há cerca de 3 meses, ela buscou novamente ajuda no Hospital Municipal de Cuiabá, que prometeu chamá-la para fechar corretamente a cirurgia, em até 30 dias, mas até o momento, ela não teve nenhum retorno. A mulher ainda disse que nunca procurou a Defensoria Pública por medo de que sofresse algum tipo de retaliação pela denúncia.
Ela e o marido moram em uma chácara, em Cuiabá, onde ele é caseiro. Devido à sua situação, Cleide não está conseguindo sair da cama e pede ajuda com itens de higiene, devido ao líquido que sai de sua barriga constantemente. “Esse líquido que sai é acido e queima, então eu preciso de gaze, algodão, porque precisa limpar o tempo todo, senão fica assado”, informou.
Além disso, ela precisa de ajuda para comprar remédios, já que tanto a morfina quanto outros que ela necessita são caros e não estão disponíveis no posto de saúde.
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As doações podem ser realizadas pelo PIX do marido dela Lodemir Urtado Lopes (65) 99805-7434.
O site, procurou a Secretaria de Saúde do município, mas até o momento não teve seu posicionamento sobre a situação da paciente.
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