As exportações de produtos do agronegócio brasileiro atingiram R$ 81,27 bilhões (US$ 15,05 bilhões) em maio de 2024, representando 49,6% das exportações totais do país. Este valor foi 10,2% menor em comparação aos R$ 90,50 bilhões exportados no mesmo mês de 2023, resultando em uma queda de aproximadamente R$ 9,23 bilhões nas vendas externas. A diminuição ocorreu devido aos menores preços médios de exportação e à redução do volume global exportado.
Nos últimos doze meses, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram R$ 898,45 bilhões (US$ 166,38 bilhões), um crescimento de 2,4% em relação aos R$ 877,66 bilhões exportados nos doze meses anteriores. Os produtos do agronegócio representaram 48,5% das exportações totais do Brasil no período.
As importações totalizaram R$ 94,44 bilhões (US$ 17,49 bilhões), uma redução de 1,3% em relação aos R$ 95,68 bilhões (US$ 17,72 bilhões) registrados nos doze meses anteriores, representando 7,2% do total adquirido pelo Brasil no período.
E maio, dentre os produtos que mais contribuíram para suavizar a queda nas exportações estão o café verde, com R$ 2,12 bilhões; o algodão não cardado nem penteado, com R$ 1,82 bilhão; a celulose, com R$ 1,61 bilhão; e o açúcar de cana em bruto, com R$ 619 milhões.
O setor sucroalcooleiro continua registrando recordes de exportação. Em maio de 2024, o setor aumentou suas exportações de R$ 6,70 bilhões em maio de 2023 para R$ 7,72 bilhões, uma alta de 15,3%. O volume recorde de açúcar exportado em maio foi um dos principais fatores desse bom desempenho.
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de 46,3 milhões de toneladas de açúcar para a safra 2024/2025, o maior volume já registrado na série histórica. Com essa produção recorde, o Brasil exportou 2,81 milhões de toneladas de açúcar em maio, um aumento de 16,7%.
As carnes também se destacaram, representando 14,2% das vendas externas do agronegócio brasileiro, com exportações de R$ 11,50 bilhões em maio de 2024, um aumento de 2,0% em relação aos R$ 11,29 bilhões exportados no mesmo período de 2023.
Houve embarques recordes em três tipos de carnes: 211,98 mil toneladas de carne bovina in natura, 430,26 mil toneladas de carne de frango in natura e 91,63 mil toneladas de carne suína in natura, todos recordes para os meses de maio.
Os produtos florestais ficaram na terceira posição entre os principais setores exportadores do agronegócio, com vendas externas de R$ 8,37 bilhões, um aumento de 25,5%. Ao contrário do complexo soja e das carnes, houve um aumento nos preços médios de exportação dos produtos florestais, impulsionado pelo incremento do preço internacional da celulose, que subiu de US$ 403 por tonelada em maio de 2023 para US$ 551 por tonelada em maio de 2024, uma alta de 36,8%. A China é o principal importador desse produto brasileiro.
Fonte: Pensar Agro