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Focos de incêndio no Pantanal mato-grossense aumentam mais de mil por cento neste ano

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Dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que os focos de incêndio no Pantanal mato-grossense nos primeiros cinco meses de 2024 aumentaram 1.025%, em relação ao mesmo período de 2023. Neste ano, Mato Grosso registrou 495 focos de incêndio, contra 44 no ano anterior.

Conforme o levantamento, as cidades com mais focos de incêndio no bioma como um todo – pertende a Mato Grosso e Mato Grosso do Sul -foram Cáceres (217 km de Cuiabá) e Corumbá, no estado vizinho. Os dois municípios juntos representam mais de 70% dos registros.

Somente em maio, ocorreram 246 focos de queimadas no bioma. Já no mesmo período no ano anterior, foram 33 focos, nos dois estados. O levantamento aponta que o volume de focos de queimadas nestes cinco meses de 2024 já ocupa o segundo maior dos últimos 15 anos, perdendo apenas para 2020, quando foram computados 2.128 focos.

A ONG WWF Brasil (World Wide Fund for Nature) destaca que tais dados levantam um alerta, tendo em vista que, historicamente, os incêndios no Pantanal se concentram entre os meses de agosto e outubro, com um pico em setembro, e já estariam subindo antes do prazo previsto.

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Em nota, a ONG destaca que os números deste ano estão muito parecidos com os de 2020, quando o bioma teve cerca de 30% de sua área natural devastada.

“Felizmente, todos os setores e a sociedade pantaneira estão alertas, porque têm consciência de que se nada for feito, há possibilidade da repetição de grandes incêndios. É preciso atuar rapidamente, reforçando as brigadas e contando com o apoio das comunidades locais para evitar uma catástrofe”, destaca na nota.

Dentre os fatores que contribuem para tal cenário e acentuam os incêndios está a falta de chuva, a pouca quantidade de água acumulada no território e o acúmulo de matéria orgânica seca, uma das características dos solos pantaneiros.

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