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Advogados recebiam R$ 150 para entrar com celulares clandestinos na PCE

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Advogados envolvidos no esquema de contrabando de celulares para a Penitenciária Central do Estado (PCE) recebiam cerca de R$ 150 a título de recompensa, segundo descortinado pela ‘Operação Caixa de Pandora’. Relatório ao qual o portal Olhar Direto teve acesso traz interceptações telefônicas de detentos que indicam as negociações.

Os diálogos são travados, em maioria, pela advogada Elvira Kelli Almeida Cruz, com registro profissional de Rondônia, que estampou as páginas de jornais pela primeira vez em 2014, depois de ser pega entrando com celulares e 264 chips na PCE.

A Operação Caixa de Pandora revelou que Elvira e os faccionados do Comando Vermelho “sofisticaram” o contrabando. Mais recentemente, a advogada entrava na penitenciária com peças dos celulares que seriam montados dentro da cadeia, driblando a fiscalização.

Os diálogos, contudo, também indicam a participação de agentes do sistema prisional que facilitavam a entrada dos aparelhos e a interlocução entre os detentos e os advogados. Em uma das conversas interceptadas no celular de um detento identificado como “Gerê” ele chega a explicar a Elvira que o dinheiro seria repassado a ela por um dos policiais corrompidos.

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Na ocasião, “Gerê” explica que Elvira receberia R$ 600, sendo R$ 450 para a compra de uma peça e R$ 150 a título de propina. Faccionados também deixaram à disposição da advogada um Toyota Corolla para que pudesse fazer as aquisições.

Investigações apontam também que foi Elvira quem incluiu o advogado Cleberson Schmit no esquema sob a alegação de que estava sem tempo e que com mais advogados seria mais fácil entrar com os celulares ou seus componentes dentro da PCE.

Foram interceptados ainda áudios que sugerem a participação de Fabiana Félix Arruda, presa na ‘Operação Apito Final’, no contrabando. Mensagens de áudio foram captadas no celular de “Gerê” em que ele dá instruções a Fabiana para comprar um “touch” para um celular. Valor foi o mesmo repassado a Elvira, R$ 600 dos quais somente R$ 150 ficaria com a advogada.

Fabiana Félix é acusada de auxiliar na lavagem de dinheiro de milhões de reais do Comando Vermelho no núcleo de Paulo Witer Farias Paelo, o WT, considerado o tesoureiro geral da facção em Mato Grosso.

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