Gazeta Digital
Em entrevista na quarta-feira (22), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho (União), pediu que a população faça denúncias sobre candidatos a cargos políticos que estejam sendo financiados ou beneficiados pelo crime organizado. Ele afirmou que os candidatos podem, inclusive, não saber que membros de sua equipe fazem parte de facções e a denúncia ajuda a tomar alguma providência.
A prisão de dois alvos da Operação Apito Final, que sinalizavam pré-candidaturas ao cargo de vereador em Cuiabá, trouxe à tona a discussão sobre o envolvimento do crime organizado em campanhas políticas. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tem falado sobre este assunto, de meios para fiscalizar melhor o financiamento de candidaturas por parte do crime organizado. Ao comentar sobre isso, o deputado Eduardo Botelho considerou que nem todo candidato saberia identificar estas pessoas em suas equipes.
“É complicado para quem está na campanha saber quem é do crime e quem não é. A polícia é quem tem que ver, o judiciário, encaminhar para o Ministério Público, porque nós aqui não temos… eu estou aqui dentro da Assembleia, estou trabalhando e vou saber, vou olhar para alguém e falar ‘você é do crime organizado’? Agora, se chegar a denúncia para nós, aí sim”, disse.
A Justiça Eleitoral mantém um rigoroso controle sobre o financiamento das campanhas políticas durante as eleições, no entanto, nem sempre é possível identificar com precisão a origem do dinheiro. Botelho pontuou que a população tem um papel importante na identificação destas pessoas.
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“Eu acho que cabe à toda população fazer estas denúncias, se descobrir, ‘tem um candidato aí que está sendo financiado pelo crime’, denuncie, ‘tem alguém na sua campanha que faz parte do crime organizado’, faça estas denúncias porque nós não temos bola de cristal para adivinhar”.