A família de Ornaldo da Silva Viana, motorista por aplicativo que morreu no acidente de carro entre seu Renault Sandero e o Porsche de Fernando Sastre de Andrade Filho, em 31 de março, demonstrou “repúdio e indignação” com a oferta de pagamento de um salário mínimo por mês, feita apresentada pela defesa do empresário.
A reação da família veio à público por meio de uma nota à imprensa divulgada pelos advogados José Luiz Sotero dos Santos e Jair Sotero da Silva, nomeados como representantes legais dos familiares da vítima.
A oferta de R$ 1.412 foi feita pelos advogados de Fernando no processo do caso, que segue sob segredo de Justiça. A defesa de Fernando, que é feita pelos advogados Merhy Daychoum e Carine Acardo Garcia, alegou estar “sensível ao momento” e informou que ficou sabendo, por meio da mídia, que a família de Ornaldo passa por dificuldades financeiras. No ententanto, não ficou claro por quanto tempo esse auxílio seria enviado.
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Relembre o caso
O acidente envolvendo o Porsche e o Sandero aconteceu na Avenida Salim Farah Maluf, no bairro do Tatuapé, em São Paulo, na madrugada de 31 de março . Desde então, o caso é investigado pelo 30º Distrito Policial (DP).
Nas imagens de câmeras de segurança próximas do local, é possível ver quando o carro de Fernando atinge em alta velocidade o veículo conduzido por Ornaldo. A Polícia Técnico-Científica vai analisar as imagens para determinar qual era a velocidade do Porsche. O laudo será feito pelo Instituto de Criminalística (IC).
No dia do acidente, Fernando deixou o local com a ajuda de sua mãe. A polícia abriu uma investigação interna para averiguar a conduta dos policiais que atenderam a ocorrência.
O empresário de 24 anos se apresentou à polícia mais de 24h depois. Depois que prestou depoimento, os investigadores do caso pediram a sua prisão preventiva, que foi negada pela Justiça pela primeira vez.
Fernando foi indiciado pela polícia por homicídio por dolo eventual (assumiu o risco de matar Ornaldo), lesão corporal (machucou Marcus) e fuga do local do acidente (não prestou socorro às vítimas). A investigação já pediu duas vezes a prisão dele à Justiça, que negou os pedidos.
No momento, ele segue em liberdade, mas foi obrigado a entregar seu passaporte à Polícia Federal (PF) e a pagar uma fiança de R$ 500 mil. Além disso, teve a carteira de motorista suspensa provisoriamente. Sua defesa chama o caso de “fatalidade”.
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Fonte: Nacional