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Líder criou time para atender ao CV e tentava ser vereador

Gazeta Digital

Presos durante a operação Apito Final, os empresários Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como WT, e o irmão Fagner Praeiro têm pretensões políticas em Cuiabá e usam times de futebol para atender à organização criminosa liderada por eles. Paulo Farias é dono de dois times na cidade, o Amigos do WT e Futebol Amador.


De acordo com o delegado Rafael Scatolon, 25 pessoas foram presas na ação que apura lavagem de dinheiro por meio de “laranjas” para aquisição de bens como carros de luxo, imóveis e até um jet ski. Além do “núcleo duro” há também outros membros investigados que serão alvos de nova operação. Um jogador, o centro avante Alex, conhecido como “Soldado”, foi detido por ser “homem de confiança” do dono do time.

“O investigado tem dois times de futebol, o time A e o time B, que disputam campeonatos amadores na região e até fora do estado. Tanto que na sexta-feira prendemos o principal investigado em um torneio de futebol na cidade de Maceió”, declarou o delegado.


Alguns veículos apreendidos tinham adesivo com o nome do investigado, o que indica a pretensão política para disputar as eleições municipais de outubro.

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“O principal investigado, conhecido como WT, e o irmão, Fagner Praeiro, é pré-candidato a vereador em Cuiabá. Ambos presos na data de hoje”, relatou o policial. Os detidos serão recambiados para a Capital.


De acordo com o agente, o time WT foi criado exclusivamente para lavar dinheiro da façção Comando Vermelho, liderada por Paulo.


O time tem centro de treinamento, onde também recebe crianças para a “escolinha de futebol”.

Operação
Com foco em uma investigação qualificada, que reuniu centenas de elementos informativos, relatórios e imagens, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) revelou um grande esquema de lavagem de dinheiro que chegou a movimentar R$ 65.933.338,00 milhões nos últimos dois anos.


A investigação teve início após a unidade especializada apurar que o principal alvo da operação e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, depois que deixou a prisão na capital, se tornou tesoureiro da facção criminosa.

Liderando o grupo, ele adquiriu inúmeros bens imóveis e veículos com valores adquiridos com as práticas criminosas. O dinheiro era movimentado em contas bancárias e, posteriormente, convertido em ativos lícitos para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores.

Além da vultosa movimentação bancária, a investigação da Polícia Civil identificou a aquisição de inúmeros terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média na capital, todos adquiridos em nome de “testas de ferro”, mas diretamente vinculados com o alvo principal da investigação. Também foram descobertas as aquisições de veículos com a utilização de garagens na compra e venda, como forma de dissimular a posse e propriedade dos automóveis.

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