Gazeta Digital
Perigos e situações indesejáveis ocorrem com frequência após o crescimento de aplicativos de namoro. Na tentativa de encontrar um amor, ou apenas se aventurar, pessoas investem em relacionamentos virtuais e se arriscam quando compartilham informações pessoais, trocam fotos, vídeos e palavras carinhosas entre desconhecidos. Insegurança aumenta ainda mais quando partem para os encontros amorosos presenciais, nem tudo sai como esperado e, muita das vezes, sofrem violência psicológica, física, sexual e patrimonial. Embora as pessoas do gênero feminino sejam mais vulneráveis, as vítimas não são apenas mulheres.
Programador de designer gráfico, K.R.Y, 26, morador do bairro CPA3, em Cuiabá, utiliza quatro aplicativos de relacionamentos e já marcou vários encontros amorosos. Mesmo passando por situações indesejáveis, continuou se arriscando, porém, após sofrer uma tentativa de assalto há três anos, ele conta que aprendeu a lição e, hoje em dia, toma mais cuidado. “Eu era muito imediatista, conversava uma ou duas vezes e já marcava encontros, era uns 10 por mês. Não procurava investigar mais sobre a pessoa, meus amigos diziam que eu era ‘louco’. Agora estou mais tranquilo e diminui a frequência no uso do aplicativo”.
Em um desses encontros, revela que foi até a casa de uma garota em Várzea Grande, que conheceu em um aplicativo de namoro. “Não sabia o endereço e fui pelo GPS até a localização. Quando cheguei lá, ela demorou para abrir o portão e eu notei que haviam dois motociclistas na esquina e uma pessoa em um carro na outra. Achei estranho, e não desliguei a minha moto. Eles foram se aproximando de mim e eu acelerei. Eles tentaram me fechar, era um assalto. Foram uns 10 minutos de perseguição até que eu consegui fugir. Nunca passei tanto medo”. Revela que, após o ocorrido, a garota o bloqueou. “Eu disse a ela que tenho um carro e uma moto, ela armou”.
Em outro encontro, sofreu violência física. “Fui para a casa dela, jantamos, assistimos filme e namoramos. Dormi e fui acordado com tapas, ela estava enfurecida. Peguei minhas coisas e fui embora. No outro dia, ela passou mensagem pedindo desculpas e disse que sofre de psicopatia, transtorno bipolar e de personalidade borderline”.
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