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Jovem que fugiu para não ser internado em clínica psiquiátrica está desaparecido há 36 anos

Repórter MT

O Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD) da Polícia Civil de Mato Grosso conta, em seus registros, com diversos casos cercados de mistério e que, apesar de décadas depois, continuam sem conclusão. Um desses casos é o de Izael de Araujo Silva, na época com 24 anos, que desapareceu em Cuiabá em 1987.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe do rapaz contou que a família saiu da cidade de Juína, no interior de Mato Grosso, em setembro daquele ano, com destino a Goiânia.

Izael, que supostamente sofria com problemas psicológicos, estava sendo levado para uma clínica psiquiátrica naquele estado. Entretanto, no momento em que o ônibus em que estavam parou na Rodoviária Central de Cuiabá – para entrada e saída de passageiros – o rapaz fugiu.

Ele saiu somente com a roupa do corpo, deixando com os pais documentos pessoais, dinheiro e vestimentas. Na época, a Polícia Militar foi acionada sobre a fuga. Buscas foram realizadas, mas sem sucesso em encontrar Izael.

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Cerca de seis anos depois do desaparecimento, a família tomou conhecimento de que novos documentos foram emitidos em nome do rapaz.

A nova identidade foi encaminhada para uma caixa postal na cidade de Campo Grande (MS). A família chegou a ir até o endereço, mas nada foi encontrado.

O desaparecimento já tem mais de 36 anos. Atualmente, caso Izael esteja vivo, já completou 60 anos de idade.

Conforme o levantamento do NPD de Cuiabá, que também atende as cidades de Várzea Grande, Acorizal e Nossa Senhora do Livramento, somente em 2023 foram registrados 675 casos de desaparecimento.

Os dados apontam que a maioria dos casos registrados envolve homens. Este ano já foram registrados 438 casos para esse público.

Ranking das motivações

No ranking das motivações, em primeiro lugar aparece o “sumiço voluntário”, que trata do afastamento da pessoa do convívio social regular por vontade própria.

Em segundo, está o “involuntário”, que é o afastamento da pessoa do convívio social regular por motivos alheios à sua vontade, como distúrbios mentais.

Na terceira posição ficou o “desaparecimento criminoso”, que é a retirada da pessoa do convívio social por intervenção de terceiros, causada por ação de agente civil, com fins criminosos – sequestros, ocultação de cadáver, cárcere privado, entre outros.

Por último ficou o “conflito de guarda e tutela” no que  diz respeito ao desaparecimento de crianças. Onde o menor é retirado do convívio de um dos pais ou responsáveis legais, que esteja sob os cuidados de uma das partes.

Desaparecimentos por idade

Ainda segundo o levantamento do Núcleo de Pessoas Desaparecidas, o maior número de pessoas desaparecidas na Grande Cuiabá este ano corresponde a pessoas com idades entre 18 e 59 anos, que totalizaram 410 casos.

Pessoas entre 12 e 17 anos foram registrados 153 casos. Pessoas com 60 anos ou mais, foram 75 ocorrências registradas.

Já no caso de crianças de 0 a 11 anos, foram registrados 35 boletins.

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