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MG: resgatados em trabalho análogo à escravidão crescem 37,8% em 2022

Barracão usado por lavradores resgatados de trabalho análogo à escravidão, na Fazendas Klem, em Manhumirim (MG)
Ministério do Trabalho

Barracão usado por lavradores resgatados de trabalho análogo à escravidão, na Fazendas Klem, em Manhumirim (MG)

Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que há 13 anos  Minas Gerais é o estado líder no país em número de trabalhadores em  situação análoga à escravidão e em operações de resgate desse tipo de registro.

Somente em 2022, 1.070 pessoas foram  resgatadas nessas condições no estado, ou seja, 41,7% do total registrado no Brasil . No ano passado, o número disparou, com um aumento de 37,8% na comparação com 2021, quando 777 pessoas foram socorridas.

Em MG também houve o maior número de resgates de lavradores nessa situação em um único estabelecimento (273), em uma lavoura de cana-de-açúcar em Varjão de Minas, noroeste do estado.

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O estado ainda é o que mais teve inspeções do Ministério do Trabalho em busca desse tipo de condição em 2022, sendo 117 vistorias —o que representa 25,4% das 462 realizadas em todo o país nesse tempo.

Depois, nesse ranking, aparece Goiás , que teve um número expressivamente menor de resgates no ano passado, de 271 trabalhadores. Em terceiro lugar está o Piauí, com 180 resgatados.

De acordo com o coordenador do GMóvel (Grupo Especial de Fiscalização Móvel) do MTE, Maurício Krepsky, a liderança de Minas Gerais nesse quesito está relacionada ao número de fiscais no estado (156), que é o terceiro maior contingente do país. Ele fica atrás de  São Paulo (180) e  Rio de Janeiro (172). 

Além disso, Krepsky ressalta que, na diversidade da economia no estado, está o cultivo de café, cana-de-açúcar e carvoarias. “São setores que empregam (ou exploram) muita mão de obra”, afirmou à Folha de S. Paulo .

“A percepção que temos é que quanto mais denúncias são fiscalizadas, mais casos podem ser encontrados”, acrescentou.

A população pode fazer denúncia de trabalho análogo à escravidão de forma sigilosa ao MTE, por meio do site https://ipe.sit.trabalho.gov.br/ .

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Fonte: IG Nacional

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