Enquanto a aceitação das vacinas contra a Covid-19 cresceu 5.2% globalmente entre 2021 e 2022, o Brasil encontra-se entre os oito países em que tendência não se aplica. A constatação é de um estudo publicado na revista Nature Medicine.
Conduzida pelo Instituto Global de Saúde de Barcelona (ISGlobal), a pesquisa analisou a vacinação em 23 países, que juntos representam mais de 60% da população mundial. Foi descoberto que, em 2022, 79,1% estavam dispostos a receber o imunizante contra a Covid-19. O número representou um aumento de 5,2% em relação a 2021, quando o índice ficou em 75,2%.
Na contramão, a hesitação vacinal aumentou no Reino Unido, China, Turquia, Brasil, Quênia, México, Gana e África do Sul. O Reino Unido teve variação de -1% e a África do Sul de -21,5%. No Brasil, a taxa foi de -3,3%.
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O estudo também constatou que a disposição dos pais em vacinar seus filhos aumentou de 67,6% em 2021 para 69,5% em 2022. No entanto, houve um crescimento de 56,3% nessa hesitação no Brasil, saindo de 8,7% em 2021 para 13,6% em 2022. Fato que ajuda a explicar a baixa cobertura vacinal no país entre as crianças. Apenas 56,83% receberam ao menos uma dose e 39,5% estão totalmente imunizadas, segundo o consórcio de veículos de imprensa.
Doses de reforço
A pesquisa concluiu que 12,1% dos entrevistados vacinados estava hesitante em tomar a dose adicional. Essa taxa foi maior entre as faixas etárias mais jovens (de 18 a 29 anos) e menor em países de baixa e média renda. O Brasil tem apenas 3.6% de hesitação e ocupa a terceira posição entre os que mais acreditam na necessidade do reforço da imunização.
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Fonte: IG SAÚDE