Apesar das ameaças de atos golpistas de bolsonaristas contra as refinarias da Petrobras, até o momento as unidades seguem com funcionamento normal, com a presença de forças de segurança e representantes dos sindicatos dos petroleiros ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP).
As tentativas criminosas foram reprimidas com a atuação conjunta da FUP, sindipetros e poder público. Os ataques, convocados por apoiadores de Bolsonaro em suas redes sociais, pretendiam impedir o fornecimento de combustíveis à população.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) garantiu a normalidade no abastecimento de combustíveis após os atos golpistas do domingo.
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“O MME, em articulação com as entidades vinculadas, tem garantido a normalidade do abastecimento nacional de combustíveis e o funcionamento adequado de refinarias, terminais e bases de distribuição”, diz a nota assinada pelo ministro Alexandre Silveira.
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O indicado para presidir a estatal, Jean Paul Prates, divulgou as convocações nas redes sociais:
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, acompanha as movimentações nas unidades. Os sindipetros em todo o país seguem com o monitoramento das unidades da Petrobrás.
“A tentativa frustrada dos terroristas de invadir as instalações da Petrobrás demonstra a importância estratégica da nossa empresa. Aumenta a nossa responsabilidade de reconstrução da companhia, extirpando aqueles que atacam a democracia, as instituições e a Petrobrás. Nenhuma refinaria foi bloqueada, graças à atuação da FUP e seus sindicatos junto aos poderes públicos”, disse o dirigente.
Até a manhã desta segunda-feira (9), foram mapeados pequenos grupos de bolsonaristas nas proximidades de acesso às refinarias e distribuidoras em São Paulo, Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, mas sem bloqueios ou impactos para a operação das unidades.
“A situação na Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná) na manhã desta segunda-feira é de normalidade, porém aconteceu tentativa de bloqueio de distribuidora privada localizada próxima à refinaria por parte dos terroristas durante a madrugada. O movimento foi reprimido pelo aparato policial de segurança”, relata o presidente do sindipetro do Paraná e Santa Catarina, Alexandro Guilherme Jorge.
Veja a situação pelo país:
- Na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São Paulo, aproximadamente 30 manifestantes continuavam no local nesta manhã, abordando caminhões para evitar acesso à unidade. Mas a Polícia Militar local segue atuando, garantindo o fluxo e a segurança dos caminhoneiros. Não houve bloqueios.
- Na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, 5 manifestantes continuam no canteiro central da via de acesso à unidade. As polícias municipal e federal e o Corpo de Bombeiros estão presentes. Não houve bloqueios.
- Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, houve movimentação de alguns poucos manifestantes durante a madrugada, que foram rapidamente dispersos. Nesta manhã, não há presença de bolsonaristas. A Polícia Militar e o Batalhão de Choque estão presentes.
- Na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, há aproximadamente 10 manifestantes, que permanecem acampados na rótula em frente à unidade. A Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e o Batalhão de Choque estão presentes. Não há bloqueio.
Fonte: IG ECONOMIA