A juíza Silvana Ferrer Arruda decretou na tarde deste sábado (7) a prisão preventiva do pedreiro José Carlos Jesus da Silva, que confessou ter matado a companheira Maria de Almeida Gonçalves, 68 anos, com golpes de facão e, ainda, ter ateado fogo no corpo da mulher.
O crime aconteceu no loteamento Jardim das Flores, no bairro Pedra 90 em Cuiabá.
A magistrada destacou que o crime tem natureza hedionda e chama a atenção a maneira como o autor narra detalhes sem qualquer sinal de arrependimento.
“Ao que parece, segundo a confissão do próprio autuado, como a vítima não teria morrido com os golpes de facas, ele, não satisfeito com os meios cruéis já empregados, ateou fogo em um tapete e jogou sobre a vítima, a qual se debatia enquanto o autuado assistia tudo de modo tranquilo, o que revela a sua frieza, crueldade e insensibilidade a justificar a gravidade concreta do delito, que, por si só, já causa extremada comoção e intranquilidade social”, diz um dos trechos.
A magistrada determinou que José Carlos Jesus da Silva seja mantido numa cela separada de integrantes de facção criminosa.
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A Polícia Civil já concluiu o inquérito e agora remeterá ao Ministério Público Estadual (MPE) para oferecimento da denúncia.
Detalhes do crime
Em depoimento à Polícia Civil, José Carlos Jesus da Silva narrou que havia retornado de Barão de Melgaço (126 km de Cuiabá) no final da manhã de sexta-feira (6). Após o almoço com a vítima, ambos tiveram uma discussão. A partir daí, o homem gritou: “quem manda aqui sou eu”.
Em seguida, narrou que pegou uma faca e deu a primeira facada debaixo do sovaco da mulher, afirmando que foi “igual a matar um porco”. Depois, deu duas facadas, sendo uma no peito e outra próximo da barriga. A partir daí, pegou um facão que estava escondido para “terminar o serviço”, cortando o pescoço da vítima.
O crime ainda prosseguiu com requintes de crueldade. Ao perceber que a mulher ainda estava viva, o autor do crime pegou um tapete e ateou fogo na casa para a vítima ainda ser carbonizada.
