Um balanço da Força Aérea da Ucrânia revelou nesta quarta-feira (23) que a Rússia disparou “cerca de 70 mísseis de cruzeiro”, 51 dos quais foram interceptados. Os projéteis que atingiram o país, todavia, causaram um corte de energia maciço.
“No total, foram disparados cerca de 70 mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-555 Kalibr. As forças de defesa aérea destruíram 51 mísseis. Além disso, cinco drones suicidas do tipo lanceta foram abatidos no sul do país”, disse a Força Aérea pelo Instagram.
Os bombardeios levaram a capital ucraniana, Kiev, a ficar sem água e sem eletricidade. Autoridades afirmam que três pessoas morreram na cidade por causa dos ataques aéreos russos desta quarta-feira.
“Terroristas russos estão tentando destruir as instalações de abastecimento de energia da Ucrânia. Hoje houve explosões em várias partes do país”, lamentou o vice-presidente ucraniano, Kyrylo Tymoshenko, no Telegram.
“Um prédio de dois andares foi danificado. Há três mortos e seis feridos”, anunciou a administração regional de Kiev no Telegram, sem dar mais detalhes.
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O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, destacou que “um local de infraestrutura” foi atingido e anunciou que, devido ao bombardeio, o abastecimento de água está suspenso em toda a capital.
O governador regional, Oleksi Kuleba, informou que “toda a região está sem luz”.
Empresa privada ucraniana confirmou no Telegram “cortes de energia de emergência” em Kiev para tentar “estabilizar a situação o mais rápido possível”. Pouco antes dos cortes, os jornalistas da AFP escutaram várias explosões na capital.
Dois bairros na cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, também ficaram sem energia após ataques russos, disse o governador, Maxime Kozytsky. Três usinas nucleares foram desconectadas da rede elétrica após o bombardeio.
Os últimos grandes ataques em Kiev remontam a 17 de novembro, quando o Exército russo bombardeou várias cidades, deixando mais de 10 milhões de ucranianos sem eletricidade, segundo o presidente Volodmir Zelenski.
Os ataques também tiveram consequências na vizinha Moldávia, onde houve “cortes massivos de eletricidade”.
“O inimigo decidiu mais uma vez tentar alcançar, com terror e assassinato, o que não conseguiu em nove meses e não vai conseguir”, escreveu Zelenski no Telegram, em referência ao período de invasão do país.
O presidente ucraniano afirmou que a Rússia “terá que prestar contas por todos os danos que fez ao país”.