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Governo estuda decreto para ampliar corte no IPI após decisão do STF

Após decisão do STF, governo prepara novo decreto para cortar IPI
Redação 1Bilhão

Após decisão do STF, governo prepara novo decreto para cortar IPI

O governo Jair Bolsonaro prepara a edição de um novo decreto tratando da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), depois de decisões liminares do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele proibiu a redução desse imposto para produtos fabricados na Zona Franca de Manaus .

Técnicos do Ministério da Economia trabalham para que o novo decreto seja publicado ainda nesta semana. Será o quarto decreto consecutivo tratando da redução do IPI, em meio a decisões do STF sobre o assunto.

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O novo decreto vai manter uma redução linear de 35% no IPI. Mas aumentar de 65 para cerca de 125 a lista de produtos que não terão o IPI reduzido. Esses produtos são fabricados em Manaus. Dessa forma, 97% da base de arrecadação da Zona Franca de Manaus não será atingida pelo decreto.

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O IPI zero na Zona Franca é o principal atrativo do polo — portanto, um imposto menor em outras áreas reduz a competitividade do local.

O decreto vai manter sem redução o IPI para produtos como xarope de refrigerantes, isqueiro, carregador de bateria, lâmina de barbear, caixa registradora, relógio de pulso, caneta esferográfica e máquina de lavar louça. O decreto anterior citava bens como motos, televisores e refrigeradores.

Toda a disputa começou no início do ano, quando o governo publicou um primeiro decreto reduzindo o IPI de forma linear em 25%, incluindo produtos feitos na Zona Franca. Depois, a redução foi ampliada para 35%, mas sem incluir produtos fabricados em Manaus.

O ministro do STF, então, suspendeu parcialmente os decretos para dizer que bens fabricados em Manaus não poderiam ter o IPI reduzido.

O governo, então, publicou um novo decreto mantendo o IPI reduzido em 35%, mas excetuando 65 produtos feitos na Zona Franca. Mais uma vez, Moraes suspendeu o decreto, mantendo o raciocínio das demais decisões no sentido de que mercadorias fabricadas em polos industriais fora da Zona Franca de Manaus e que concorrem com os produtos amazônicos não podem ter redução de IPI para evitar que a mercadoria fabricada na Amazônia perca a competitividade e, assim, a zona franca fique esvaziada.

O ministro entende que a região amazônica é uma área de benefício fiscal garantido pela Constituição, com o intuito de promover o desenvolvimento regional.

Agora, o governo vai publicar o quarto decreto, ampliando a lista de exceções da redução do IPI para cerca de 125 produtos. No total, o IPI incide sobre 4.000 produtos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia que o IPI é um dos causadores da desindustrialização do Brasil. Seu desejo é acabar com o imposto, mas ele optou por uma estratégia de redução gradual. Para o governo, o novo decreto vai continuar mantendo o objetivo de Guedes: reduzir a carga tributária.


Fonte: IG ECONOMIA

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