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Apple vai mostrar mais propagandas em seus aplicativos do iPhone

Apple pode investir mais em publicidade
Divulgação/Apple

Apple pode investir mais em publicidade

A Apple quer novas fontes de receita para não depender das vendas de aparelhos. Isso não é novidade: já faz algum tempo que a empresa passou a investir em serviços, e daí nasceram iniciativas como o Apple TV+ e o Fitness+. A próxima jogada promete ser polêmica: a empresa colocará mais propagandas nos seus aplicativos.

Na última reunião com investidores, Todd Teresi, vice-presidente de anúncios, disse que a ideia é expandir os negócios significativamente. A área gera US$ 4 bilhões anualmente, e o objetivo é chegar aos dois dígitos.

Mark Gurman, jornalista da Bloomberg especializado em Apple, acredita que a empresa vai colocar propagandas no Maps — os anúncios apareceriam nos resultados de busca. Outros lugares que podem receber conteúdo publicitário são as páginas iniciais do Apple Books e do Apple Podcasts.

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Em todos os casos, a mecânica seria parecida: quem já está presente nestas plataformas paga para aparecer. Restaurantes e lojas poderiam anunciar no Maps para ficar no topo da busca, por exemplo. Editoras poderiam contratar o serviço para colocar seus livros em lugar de destaque na loja, e assim sucessivamente.

Na App Store, isso já acontece: desenvolvedores podem pagar para seus apps aparecerem na busca. O que a Apple poderia fazer é colocar propagandas nas páginas de cada aplicativo — na área de programas relacionados, por exemplo.

Até mesmo um plano do Apple TV+ com propaganda não está descartado.

Além da loja de aplicativos, a empresa também conta com propaganda no aplicativo de Notícias (não disponível no Brasil) e no aplicativo Bolsa.

Apple já atrapalhou negócios de concorrentes

Procurar novas fontes de receita faz parte dos negócios de toda a empresa, mas um esforço maior em propaganda seria no mínimo irônico para a Apple.

Em 2021, a companhia adotou uma ferramenta chamada App Tracking Transparency (ATT), que obrigou os aplicativos a perguntarem se o usuário concorda em ter seu aparelho rastreado. A medida visava aumentar a privacidade de seus produtos, um ponto que a Apple sempre explora em seu marketing.

Quem trabalha com publicidade, porém, saiu muito prejudicado. Gigantes como a Meta perderam dinheiro: uma queda de US$ 10 bilhões no faturamento por causa da mudança. Pequenos desenvolvedores também sentiram o impacto no bolso, e anunciantes relataram maior dificuldade para converter (como a área chama quando o usuário clica no anúncio).

A situação fica um pouco pior para a Apple porque ela usa dados de outros serviços para direcionar propagandas. É possível desativar esse rastreamento nas opções de segurança e privacidade do aparelho, mas informações como operadora, tipo de dispositivo e o que você lê continuam sendo enviados para a companhia.


Fonte: IG TECNOLOGIA

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