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Esposa reclamou por empresário não morrer “na hora”, diz assassino

Folha Max

Acusado de ter disparado os tiros que mataram Toni Flor, Igor Espinosa revelou que a esposa da vítima e suposta mandante do crime, Ana Claudia Souza Oliveira Flor reclamou do fato do marido não ter ‘morrido na hora’. A revelação se deu durante o depoimento dele nesta quinta-feira (24) ao juiz Flavio Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, durante a audiência de instrução relativa ao caso.

O crime ocorreu em 11 de agosto de 2020. Toni Flor foi socorrido e levado ao HMC, mas não resistiu e morreu na tarde do dia seguinte.

Igor deu detalhes sobre como cometeu o crime e os bastidores das tratativas para executar o serviço. Ele afirmou que ficou acertado o pagamento de R$ 60 mil pela execução e que recebeu apenas R$ 20 mil do valor. No depoimento, o acusado revelou que combinou tudo com Ana Claudia, um dia antes do homicídio, através de uma ligação pelo WhatsApp. 

“Matei ele umas 6h30 e peguei o dinheiro com ela, pessoalmente, naquele mesmo dia, umas 21h. Ela ainda reclamou que tinha ido para o hospital, pois queria que eu o matasse na hora, para que não sofresse. Ela me disse pra sumir e ficar de boa, que daria conta de resolver tudo. Foi quando eu peguei o dinheiro e fui embora para o Rio de Janeiro. Fiquei lá cinco meses”, afirmou.

O autor dos disparos também revelou que chegou a ficar com medo de cometer o crime. No depoimento, ele relatou que imaginava que a academia seria de musculação e se assustou ao perceber que era de jiu-jitsu e muai-thay. No entanto, decidiu continuar com o plano e logo em seguida, viu Toni Flor e deu os tiros.

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“Fui virado para o local que ela me indicou e fique esperando. Tinha usado droga. Quando vi que a academia era de jiu-jitsu e muai-thay, liguei para Ana Claudia dizendo que ela estava louca, que ele ia me pegar. Ela me mandou fazer o serviço mesmo assim. Ele depois apareceu e já sai falando para ele “perdeu, perdeu” e dei os tiros. Ele gritou por socorro e subi na moto e fui embora”, relatou.

Igor relatou também que ela disse que era vítima de agressões por parte de Toni, e que isso também teria motivado ele a aceitar o trabalho. O autor dos disparos contou que tempos depois reclamou com Ana Claudia sobre o restante do dinheiro e que chegaram a ter uma discussão. Após isso, ele revelou que passou a ter medo dela querer matá-lo e decidiu não cobrar mais o montante.

“A Ana Claudia ficou me devendo R$ 40 mil e uma vez fui cobrar e acabamos entrando em discussão. Ela chegou a me dizer que se eu quisesse denunciar para polícia, que não tinha problema nenhum. Um dia ela me chamou dizendo que queria me pagar, mas soube que ela na verdade ela queria era me matar. Fiquei com medo, pois se ela teve capacidade de matar o marido, imagina eu. Dentro do presídio, tentaram me matar quatro vezes dentro da igreja. Fiquei no isolamento por quatro meses”, explicou.

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