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Justiça alega “pena baixa” e solta empresária que forjou sequestro em VG

Folha Max

O juiz Luiz Augusto Veras Gadelha, da 5ª Vara Criminal de Várzea Grande, determinou a soltura da empresária Ruana Sabrina Fortunato de Freitas, 28 anos, presa nesta quinta-feira (3) após forjar o próprio sequestro. De acordo com a GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), ela teria simulado o sequestro para vender sua caminhonete Hilux no mercado clandestino e, posteriormente, dar o “golpe do seguro”.

A empresária foi autuada por crimes de estelionato qualificado e comunicação falsa de crime. Nesta sexta, Ruana Sabrina passou por audiência de custódia e foi liberada mediante cumprimento de medidas cautelares. Na decisão, o juiz destacou que ela é ré primária e não há como garantir que tem condições de interferir nas investigações.

“Não apontou a existência de qualquer processo contra a indiciada, circunstância que afasta a necessidade da manutenção da prisão para garantia da ordem pública, já que é mínima a probabilidade de voltar a delinquir, caso seja colocada em liberdade”, diz a decisão do juiz. 

Também citou que a pena prevista para o crime não imputará na prisão em regime fechado. “Ademais, a pena prevista para os delitos que lhe são imputados, tendo-se em conta sua primariedade, provavelmente será para cumprimento em regime menos gravoso do que fechado”, diz trecho da decisão.

Ao ter a soltura deferida pelo magistrado, Ruana terá que seguir medidas cautelares. Entre elas, está o recolhimento noturno, proibição de frequentar casas de reputação duvidosa, portar armas e fazer uso de entorpecentes. A empresária também fica proibida de viajar ou mudar de endereço sem aviso prévio, além de poder manter contato com as testemunhas do processo. 

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 PERNOITE EM MOTEL

Ruana Sabrina mobilizou as forças policiais e as redes sociais na manhã de ontem, quando foi divulgado por familiares que ela havia sido sequestrada na noite de quarta, quando saiu para comprar cerveja numa distribuidora no bairro Nova Várzea Grande. Na ocasião, o marido teria recebido até uma imagem dela sob a mira de criminosos.

Porém, ainda no período da manhã, o caso teve uma reviravolta. No final da manhã de quinta-feira (2), os investigadores foram informados que a vítima estava em uma região de motéis na entrada do bairro Tijucal.

Foi descoberto então que a vítima, agora já como suspeita, pernoitou no local junto com um rapaz. Ele saiu a pé do motel e ela saiu em uma Hilux. Os funcionários do motel entregaram aos policiais uma corda verde encontrada na suíte e comprovantes de pagamento realizados no cartão da suspeita.

Levada a GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), ela confessou que a sua ideia era dar o “golpe do seguro” na seguradora de sua caminhonete Hilux. Além disso, iria vender a caminhonete no mercado paralelo, a preço mais barato. Diante dessas informações, ela foi presa em flagrante.

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