Com uma área de 3.025 metros quadrados e assistência técnica da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), a produtora rural Nelsa Souza da Costa, 60 anos, vive uma nova realidade e com boas expectativas. Depois de cinco meses sendo assistida por um técnico agropecuário, hoje ela produz alface americana e crespa, pimentão, abacaxi, pepino, quiabo, moranguinho, beterraba, almeirão, rúcula, couve, cebolinha, tomatinho, mandioca, abóbora e batata doce, além de uma pequena criação de porcos e galinhas.
Nelza viveu de favores por três anos, sua renda era das diárias do marido. No segundo semestre de 2020, ela e 29 famílias foram contemplados com a doação de chácaras localizadas no setor Castanheira pela Prefeitura de Paranaíta.
Uma nova realidade começava surgir para a futura agricultora, porém, não tinha prática nem conhecimento. “Só tinha a boa vontade. Depois de buscar ajuda, soube que a Empaer realizava esse trabalho e, assim que busquei, fui atendida. Desde então, só tenho colhido alegria”, destaca.
Atualmente, sua produção de hortifrutigranjeiro é fornecida para uma rede de supermercado e a Cooperativa dos Produtores de Paranaíta (Coopervila). Ainda com a orientação técnica, foi montado uma proposta para a participação do pregão junto à agricultura familiar do município, por meio de chamamento público. Dona Nelza venceu e o valor para fornecer produtos hortifrutigranjeiro no valor de R$ 19.983,50 até 30 de dezembro deste ano.
“Ver minha horta crescendo e tirando dela meu sustento não tem nada que pague essa sensação. Vivi por anos sem um teto. Hoje tenho casa, uma terra que planto e o que estou colhendo, pago minhas contas. Este mês paguei as despesas e, de renda, sobrou um dinheirinho que vou investir em melhorias”.
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O técnico agropecuário Eder José Barreiros, explica a importância do aproveitamento dos espaços e saber e o que se produzir. “Dona Nelza soube definir bem o seu espaço. Nossa orientação apenas definiu o tipo de cultura e o limite entre elas, com foco na produção para gerar renda”.
Eder destaca que o objetivo é ampliar o atendimento para os outros moradores que tiveram a mesma sorte de dona Nelza e foram contemplados com um pedaço de terra. “Estamos à disposição para orientar no que for possível. Precisamos fomentar a agricultar familiar e estimular os pequenos agricultores a produzir e fazer a moeda circular na comunidade. Todos ganham no final”.
Dona Nelza orgulhosa e feliz com sua nova vida no campo Foto: Empaer