A relação das crianças com o patrimônio material e imaterial é tema do livro “Cribiás 300+: por uma educação patrimonial toda nossa”. Diversas atividades realizadas com estudantes da rede pública e privada de ensino em mais de dez anos, ajudaram a compor o conteúdo da obra que propõe uma metodologia pautada pela interação das crianças com a cidade em que vivem.
O lançamento ocorre no dia 29 de setembro, às 19h, no Sesc Arsenal. O acesso é livre, mas para participar é preciso seguir os principais protocolos de segurança: máscara e distanciamento social.
A organizadora do livro, a professora Daniela Freire, que é coordenadora do Grupo de Pesquisa em Psicologia da Infância da Universidade Federal de Mato Grosso (GPPIN/UFMT), explica que cada capítulo foi desenvolvido por especialistas da área da Educação, tanto do grupo acadêmico quanto do coletivo Cribiás. A estes, somam a professora doutora Larissa Freire Spinelli (Casa Silva Freire) e a artista visual Regina Pouchain.
O livro – que relata três etapas do trabalho– apresenta os resultados de pesquisas realizadas desde 2010. Na primeira delas, estudiosos se dedicaram a debater os princípios sobre o desenvolvimento infantil como processo cultural, articulado com os estudos sobre memória social e produção de identidades sociais.
As experiências do projeto Cribiás, crianças sabidas, que foi realizado em unidades educacionais, e que também é definido como um projeto cultural para a infância de Cuiabá, é tema da obra lançada pela editora Entrelinhas.
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Por fim, a última parte narra a experiência da oficina-piloto, realizada com um grupo de crianças. Elas percorreram um roteiro poético pensado pelos pesquisadores para propor uma metodologia participativa de Educação Patrimonial.
“Questões sobre Patrimônio, memória e processos identitários, em diálogo com as infâncias são o foco desta publicação. Todas as experiências narradas, assim como relatos dos pequenos, fotografias e registros da oficina-piloto ajudam a compor suas páginas”, indica Daniela.
Ao transitar a pé pela cidade, elas foram estimuladas a reconstituir os passos de crianças que vivenciaram uma Cuiabá de outrora e assim, enxergá-la de uma perspectiva jamais imaginada, considerando o tensionamento entre tradição e modernidade .
O projeto do roteiro e do livro receberam incentivo da Lei Aldir Blanc, via edital MT Nascentes. Este, foi realizado pelo Governo de Mato Grosso via Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer em parceria com o Governo Federal, via Secretaria Nacional da Cultura do Ministério do Turismo.
Ao certo que o livro será excelente fonte para estudos acadêmicos, profissionais da Educação e gestores culturais. Ele revela que quando a criança é anunciada como sujeito partícipe do processo educacional, ela também produz suas proprias narrativas contribui do para que adultos pensem a realidade considerando diferentes perspectivas. Ao vivenciar a cidade e conhecer sua história, a criança passa a encará-la de um outro jeito, valorizando ainda mais suas raízes, sua cultura e se implicando em sua construção.
Equipe
Integram a equipe do projeto, Daniela Barros da Silva Freire Andrade, Larissa Silva Freire Spinelli, Regina Pouchain, Jeysson Ricardo Fernandes da Cunha, Paula Figueiredo Poubel, Naiana Marinho Gonçalves, Natália Salomé Poubel, Ângela Cristina Lisboa Costa, Clécia Lino Silva, Pâmella Fernandes, Heitor Silva Freire Andrade, Mateus Elias Cruz Antunes e Fred Gustavo da Sillva. A historiadora Leila Borges Lacerda também auxiliou a equipe com a pesquisa historiográfica.