Depois de um ano fechado devido à pandemia de covid-19, o herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro reabriu em maio e já recebeu mais de 1,5 mil visitantes na exposição Coleções e Ciência. Com peças, objetos, equipamentos e imagens, a exposição apresenta o que é um herbário (coleção de plantas desidratadas) e sua importância para o estudo e a conservação de espécies. Podem ser vistas também peças do Laboratório de Algas da instituição.
O herbário está aberto a todos os visitantes do Jardim Botânico e integra o circuito de visita em carrinhos elétricos.
A exposição apresenta itens das diversas coleções que o local abriga, como a carpoteca (coleção de frutos), a xiloteca (amostras de madeira), bancos de sementes, fungos e DNA e etnobotânica, além de suas exsicatas (amostras de planta ou alga, prensadas e em seguida secas em estufa). A história do herbário também é contada na exposição. Além disso, o público pode conferir as transformações no trabalho dos botânicos ao longo do tempo e a influência das novas tecnologias.
Em exposição, estão algumas das mais de 10 mil amostras integrantes da xiloteca. A coleção é de grande importância para a identificação, por exemplo, de madeiras comerciais. Já o banco de sementes conserva amostras de mais de 300 espécies nativas e exóticas, das quais 40 são ameaçadas de extinção.
Segundo o curador do banco de sementes do Jardim Botânico do Rio, Antônio Carlos de Andrade, o banco é uma das ferramentas mais eficientes e economicamente viáveis de conservação ex situ (fora do local de origem) de plantas, e contribui para conservar a flora. Em regiões tropicais, por exemplo, cerca de 50% das espécies produzem sementes que não podem ser conservadas em condição fria e seca, pois morrem. “Essa informação é fundamental para selecionarmos as espécies que podem ser conservadas por meio do banco de sementes”, disse Andrade.
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Criado em 1890, o herbário do Jardim Botânico tem um valioso acervo de mais de 850 mil amostras de plantas, desidratadas, registradas, catalogadas e armazenadas em condições especiais, que reúnem informações de extrema importância sobre a biodiversidade mundial. É o maior da América do Sul e um dos 100 maiores do mundo, e serve de referência para estudos científicos em botânica.
Edição: Nádia Franco