O Museu da Geodiversidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu, hoje (12), o terceiro maior meteorito do Brasil. A rocha, de 4,5 bilhões de anos, ficará exposta ao público no museu, na Cidade Universitária, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
A descoberta desse meteorito de quase duas toneladas foi feita em 1992 e reconhecida pela comunidade científica internacional em 2011. Os pesquisadores acreditam que a rocha extraterrestre caiu há mais de mil anos onde hoje fica a cidade goiana de Campinorte.
O meteorito é composto principalmente por metais ferro-níquel e foi classificado como “não grupado”, por ser diferente de todos os outros descobertos no planeta Terra. A possibilidade de estudar esse tipo de rocha é considerada de grande relevância científica, já que corpos asteroidais dão pistas sobre a formação e a evolução do Sistema Solar.
Para chegar até a universidade, a rocha teve que ser adquirida e transportada para um espaço preparado no museu, a um custo de R$ 350 mil. A maior parte desses recursos saiu da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), que doou R$ 350 mil. A ação também contou com o apoio da Fundação Coppetec, do próprio Museu de Geodiversidade, da Casa da Ciência da UFRJ, e de pesquisadores do Museu Nacional.
O UFRJ já abriga os dois maiores meteoritos descobertos no Brasil, o Bendegó e o Santa Luzia, que ficavam expostos no Museu Nacional e resistiram ao incêndio que destruiu o Palácio Paço de São Cristóvão, em setembro de 2018.
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Edição: Fernando Fraga