SERGIO MARONE JÁ FOI CONSIDERADO um dos galãs da TV Globo. Hoje, à frente do ‘Mestres da Sabotagem’, no SBT, Marone – que continua lindo – diz que não abandonou o seu lado ator: ‘Ele continua, só que com menos frequência, principalmente no que diz respeito aos projetos longos como telenovelas’.
Marone sonha mesmo é com um programa de auditório: ‘Eu criei e tenho o sonho de tirá-lo do papel. Não vejo a hora de voltar ao ‘normal’, de ter plateias nos programas’.
A primeira pergunta é a seguinte: você já apresentou concurso de Miss, programa de variedades como ‘Hoje em Dia’ e o ‘Dancing Brasil’ com a Xuxa . Agora, um desafio novo que é um reality de culinária. Isso quer dizer que você se descobriu mesmo como apresentador? A cada trabalho eu me descubro um novo apresentador porque eu fiz tantos trabalhos diferentes que eu vou aprendendo e vou evoluindo com eles e descobrindo um novo apresentador. E eu cada vez mais gosto desta comunicação direta com o público sem personagem. É muito fascinante olhar para câmera e poder falar com as pessoas, saber que elas estão em casa te assistindo. Isso é muito bom.
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E o seu lado ator? Onde fica na sua vida? O meu lado ator continua. Eu tenho agora o meu primeiro longa como produtor, além de ator. Eu produzi o ‘Jesus Kid’, um filme baseado no livro homônimo de Lourenço Mutarelli e dirigido por Aly Muritiba, e é uma comédia diferente de tudo o que a gente vê no cinema nesse gênero. Tem Paulo Miklos como protagonista e é uma história muito divertida, que tem algumas críticas políticas e sociais. Uma comédia fora da curva que a gente vê no cinema e eu estou muito feliz, muito orgulhoso e louco para exibir ao público. O meu lado ator continua, só que com menos frequência, principalmente no que diz respeito aos projetos longos como telenovelas. O ator está aí com esse filme e tenho certeza que virão outros projetos. Ele vai continuar existindo.
O que você gostaria de apresentar ou chamar o programa de seu? Eu gostaria muito de ter um programa com auditório. É uma ideia, um formato que eu já tenho todo pensado há muito tempo. Eu criei e tenho o sonho de tirá-lo do papel. Não vejo a hora de voltar ao ‘normal’, de ter plateias nos programas, ter as gravações com o publico… É um projeto que eu desenvolvi com outros produtores e é bem legal, bem diferente também. Assim como é o ‘Mestres da Sabotagem’, que é um programa de culinária diferente de tudo que a gente vê na televisão no Brasil.
Como foi essa negociação com SBT? O que te levou a assinar com a emissora? O SBT é uma das maiores emissoras do país e eu tenho um vínculo afetivo muito grande, como boa parte das pessoas, dos brasileiros. Assisti muitos programas que eu amava e eu não tive dúvidas quando eu recebi o convite e até porque o formato é incrível. Tem mais de 15 temporadas na TV americana. Vi um potencial gigante. O convite aconteceu e eu já namorava com a Discovery e por ser uma parceria com o SBT, exibido em duas telas – na televisão aberta e fechada -, eu aceitei. Começamos a negociar e deu tudo certo. Espero que seja a primeira de muitas temporadas.
Você viu?
Você sabe cozinhar? Eu não sei cozinhar (risos) Sei cozinhar o básico: ovos mexidos, ovos fritos, uma massa a bolonhesa, original da Itália. Sei fazer uma ou outra massa que eu aprendi com algum conhecido. Eu sou muito básico na cozinha e eu não precisei aprender nada que minha função não é julgar ou avaliar. Minha função é sabotar, é tacar fogo na cozinha. Eu me divirto bastante.
Você postou algumas fotos de toalha ou de sunga e os comentários foram fortes, se é que você me entende, com relação a sua anatomia. Você parou de compartilhar. O que aconteceu? Ficou tímido? Normal. É que a grande maioria das pessoas gosta de ver esse tipo de foto. Dá uma repercussão muito grande quando eu coloco esse tipo de foto, mas procuro equilibrar colocando coisas de trabalhos, das causas que eu abraço, posições sobre meio-ambiente e sustentabilidade e transformação social. Eu não estou tímido nem parei de postar coisas um pouquinho mais sensuais só que busco equilibrar os posts para aproveitar essa conexão.
Quais são as qualidades que você admira em uma pessoa? O que eu mais admiro em uma pessoa é a gentileza e bom humor.
Um homem bonito como você já foi muito cantado por mulheres e homens desde muito cedo. Já recebeu alguma proposta indecente? Eu já fui assediado, já recebi propostas indecentes e eu sempre saí dessas situações com muito jogo de cintura e autoconfiança de que nunca precisei fazer nada disso para dar certo ou acontecer na carreira. Foram poucas vezes, mas aconteceu e eu tive jogo de cintura e fair play.
Tem sonho de ser pai? Eu nunca tive sonho de ser pai, mas eu tenho vontade de adotar uma criança. Talvez um dia quando a vida tiver um pouco mais tranquila e com menos trabalhos, eu venha ser pai mas não por sonhar, mas por ter vontade de criar esse vínculo e transformar a vida de uma pessoa e também ser transformado. Eu me vejo mais adotando do que tendo um filho. A não ser que eu venha a me relacionar com uma pessoa que tenha muita vontade de ter um filho biológico e aí vamos ter que avaliar.
Tem pavor de casamento? Eu tenho pavor de casamento no sentido que a palavra me remete, no sentido convencional. Casamento, entrar em igreja… nunca pensei e isso sim, eu tenho pavor. Mas, criar vínculo não me assusta. Não seria um vínculo convencional, ele seria diferente, talvez em casas separadas. Eu não me vejo morando junto com alguém, por exemplo, a não ser que seja uma situação muito especial com uma casa enorme e eu tenha o meu espaço. Mesmo estando acompanhado, eu gosto da solitude. Eu gosto de ficar sozinho porque eu torno esse momento produtivo. Eu crio bastante quando estou sozinho e é uma coisa muito importante para mim.
Dizem que antes de nascer as pessoas entram nas filas para pegarem características e traços da personalidade como paciência, doçura, orgulho. O que você não pegou e o que pegou e acha que passou do limite? Eu acho que passei várias vezes na fila da doçura, da generosidade. Me considero uma pessoa doce, generosa e guerreira. Eu sou ansioso e paciente para algumas coisas e outras não. Eu deveria ter pegado um pouco mais de paciência (risos).
Você faz muitos anúncios, publiposts, apresentações… Deu para ficar rico? Eu posso dizer que eu vivo muito bem ainda mais me comparando com a grande maioria dos artistas de nosso país porque é um país que não valoriza a cultura nem os seus artistas. A grande maioria dos meus colegas de trabalho precisa ter uma segunda profissão para se sustentar. Eu posso dizer que sou um privilegiado e sou muito grato por poder viver do que eu amo fazer, que é atuar e me comunicar. Vivo muito bem, não por conta do meu trabalho de ator. Não se paga muito bem pela realização de seu ofício, mas quando através do seu oficio você alcança uma divulgação, consegue trabalhos paralelos como comerciais, campanhas… Isso aconteceu graças a Deus comigo e eu consigo fazer um extra e poder viver muito bem. Mas é um percentual muito pequeno de artistas que se encontra nessa posição.