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Mãe que esquartejou bebê pode ser morta na prisão

Ramira Gomes da Silva, 22 anos, foi transferida para presídio feminino da Capital e está em uma cela isolada por causa da covid. Presas estão revoltadas com o crime e querem puni-la.

Repórter MT

Ramira já está há dois dias isolada e não tem previsão de quando será colocada na cela com outras presas.

Inicialmente, o isolamento da assassina é em cumprimento de protocolo de segurança contra a covid-19, quando Ramira deve passar por exame da covid e ficar isolada em quarentena por 15 dias.Entretanto, conforme informou a Secretaria De Estado De Segurança Pública (Sesp-MT), mesmo depois do período de quarentena a detenta deve permanecer por mais um período, não estipulado de quanto tempo, isolada das outras presas devido ao crime que cometeu que gerou revolta e comoção social, que não é aceito nem mesmo dentro das unidades prisionais.

A Sesp ressaltou que a integridade física de Ramira não está fora de risco nem mesmo na ala de segurança da penitenciária tamanha a revolta causada nas demais presas.

O Delegado Getúlio José Daniel, que esteve à frente das investigações, e deve concluir o inquérito nesta quinta-feira (27) e entregar para análise do Ministério Público (MP), comentou que a partir do momento que Ramira chegasse à penitenciária a integridade física dela estaria em risco, pois, as demais detentas provavelmente tentariam matá-la pelo comportamento brutal que culminou na morte do bebê Bryan.

No entanto, o delegado explicou que essa avaliação, se Ramira ficaria isolada ou não das outras presas após a quarentena da covid, fica sob responsabilidade da direção do presídio.

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Confissão

Ramira contou detalhes de como matou Bryan e respondeu a principal pergunta do caso. Onde estavam os braços e pernas arrancados da criança?

A assassina relatou que por volta das 2 horas do dia dos fatos tentou matar o filho sufocando-o enquanto ele dormia em um carrinho de bebê.

Na primeira tentativa pressionando um travesseiro contra a cabeça do pequeno, mas depois de um minuto notou que ele estava vivo, respirava e chorava.

Ela tentou novamente o mesmo movimento para asfixiar o bebê, pressionando o travesseiro com mais força sobre a cabeça por aproximadamente três minutos e que não ouviu nenhum barulho, pois, alegou que estava agitada com a situação.

Em seguida, pegou o filho no colo, constatou que ele não estava respirando e não tinha nenhum outro movimento. Então, colocou o corpo do bebê na pia da cozinha, onde cortou braços e pernas para facilitar a ocultação do cadáver.

Depois, colocou os membros do filho dentro de duas latas de bebida láctea, embalou-as em sacos de lixo e jogou na lixeira. O restante do corpo do bebê, a ‘mãe’ levou até o buraco (do cachorro) cavou mais um pouco, enterrou a criança e cobriu com o restante da terra que estava solta.

Fuga

Por volta da meia-noite de sábado (15), Ramira foi para a rodoviária de Sorriso, onde comprou uma passagem para Cuiabá. Na Capital, ela chegou de manhã e conseguiu comprar outra passagem, desta vez para Porto Velho, e embarcou às 10h. No domingo (16) à tarde, chegou à Capital de Rondônia. Dormiu na rodoviária e na manhã da segunda-feira (17) comprou uma passagem de barco a fim de seguir até Manaus.

No mesmo dia, segundo depoimento, ela recebeu mensagem de um familiar pedindo explicações e falando que a Polícia Civil havia localizado o corpo do bebê. Ramira tentou continuar com a fuga e já estava na balsa para Manaus quando foi presa, na manhã da terça-feira (18), por policiais civis de Porto Velho.

A mulher alegou que matou a criança para seguir com um relacionamento. A investigada tem outra criança, de dois anos, que é criada pelos avós paternos. Natural do estado do Acre, ela morava em Sorriso desde fevereiro deste ano.

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