Jovens participantes do projeto CasaCorpo na Escola – Residência Artística Online tem o seu trabalho exposto no site casacorpoartes.com.br. As obras são resultado da comunhão entre vivência e técnica. A exposição deriva do 2º ciclo do projeto, que contou com a participação de estudantes dos Institutos Federais de Mato Grosso e de outras escolas mato-grossenses, entre os meses de março e abril.
O espaço dá vazão à criatividade de pessoas como estudante Júlia Cardoso de Oliveira, 14, que viu na residência uma oportunidade de alimentar o interesse pelas artes. “Me interessei pelo assunto no começo de 2020, quando comecei a pintar quadros e aquarelas, por pura curiosidade. Na época comprei os materiais mais baratos, e percebi que gostava mesmo do assunto, quando passei a pesquisar sobre história da arte, artistas e técnicas”.
Do período de residência, destaca os processos de comparação artística e a troca entre os participantes. Lembra ainda os experimentos para extração de pigmentos com frutas e plantas, que resultaram, em seu caso, em tintas de açafrão e amora. “A possibilidade de ouvir os relatos de outras pessoas e de poder me expressar, falar, criar coisas novas, mudou muito minha percepção sobre este mundo”, diz Júlia.
Durante os encontros, a abordagem teve foco na singularidade dos processos e nas possibilidades do que cada um poderia desenvolver durante o fazer artístico. Ou seja, os orientadores trabalharam o fazer livre do artista, com materiais que já estavam ao seu alcance. Nasceu, assim, um ponto de apoio apelidado como ateliê livre online.
Deste modo, as atividades propostas durante a residência artística estão em consonância com a temática do projeto, uma vez que as obras são os próprios cadernos dos artistas, os exercícios de auto-retrato e retrato da casa. Os trabalhos estão diretamente ligados à temática central do projeto, que é justamente CasaCorpo.
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Se por um lado a residência mostrou-se como oportunidade de trocas e desenvolvimento de habilidades, por outro, serviu como válvula de escape em um momento de relações pessoais reduzidas e sentimentos atravessados como relata a estudante Victória Tapajós, 24. “Foi como um suspiro de calma nesse momento. Mas, um suspiro curto, seguido de uma aflição boa, de querer jogar algo para fora. A orientação dos professores foi importante para me ajudar a entender o que era essa coisa que eu queria jogar para fora”.
Neste balanço, além dos orientadores, os colegas de turma também foram imprescindíveis. “Acredito que foi muito importante e interessante ter esse contato e experimentação em grupo. O aprendizado em conjunto é sempre muito proveitoso e rico, cada um colaborando de forma simples. Aprender a partir de outras perspectivas, novas técnicas, entre outras coisas, foi muito interessante. Acho que é uma experiência que todo artista deve ter”, conclui Victória.
As duas edições da residência artística CasaCorpo na Escola ofereceram capacitação gratuita para pessoas interessadas em desenvolver percepções e habilidades nos campos das artes visuais e literatura. Sob tutoria em processos criativos da educadora Imara Quadros e orientação artística de Carla Renck e Pedro Duarte, o projeto foi contemplado no edital MT Nascentes, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). Vale destacar que os encontros aconteceram exclusivamente online e por meio de plataformas digitais.
Serviço
Exposição virtual CasaCorpo na Escola – Residência Artística
Local: casacorpoartes.com.br