Um caso cujo procedimento de identificação necessita uma anamnese e exame físico bem feito, chamou a atenção. Por vezes, passa desapercebido, em função de não correlacionarem o quadro clínico com o exame físico do paciente.
Estamos falando do tumor de Wilms (tumor maligno), tipo raro de câncer de rim que acomete crianças, geralmente na faixa etária dos 02 aos 05 anos de idade. É raro, porém é o câncer renal infantil mais comum nessa faixa etária. Se diagnosticado precocemente, o tumor de Wilms tem 95% de chances de cura, daí ser imperioso o diagnóstico para resultar em um bom prognóstico.
A médica Dra. Monnize da Costa Dias, responsável pelo diagnóstico, explica com base nos protocolos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) – Instituto Nacional de Câncer ( INCA), entre outros. “Esse tipo de tumor pode ser evidenciado apenas com uma massa palpável no abdômen e/ou infecção urinária, sangue na urina (hematúria microscópica ou macroscópica), hipertensão arterial de gravidade variável, dor abdominal não tão frequente, pois às vezes se apresenta indolor, anorexia, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, pode ocorrer metástase, principalmente para o pulmão. O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem”.
Ela também explica o tratamento. “O tratamento é baseado em cirurgia, que tecnicamente chamamos de nefrectomia, podendo ocorrer a retirada total do rim ou parcial, visando manter a maior porção possível de rim funcionante. Procura-se evitar a biópsia, pelo risco alto de infecção peritoneal por células cancerígenas. Inclui-se quimioterapia e/ou radioterapia para os casos mais graves.”
De acordo com a médica, ouvir a criança é essencial. “É de vital importância ouvir atentamente todas as queixas, examinar o paciente (tocando e apalpando o abdômen), para prosseguir em exames complementares, a fim de fechar o diagnóstico em seu estágio inicial”, asseverou a Dra Monnize Costa.
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Dra. Monnize é médica formada pela Universidade Anhembi Morumbi (São Paulo) desde 2014, pós-graduada pelo IBCMED em: Pediatria, Emergência Pediátrica e Neonatal, Direito médico e hospitalar e Pós-graduanda em Neonatologia. (IBCMED) e atualmente exerce sua função no Hospital e Maternidade São João Batista administrado atualmente pela associação Santa Madre Paulina.