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Babu Santana lança seu próprio selo musical

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Babu Santana lança seu próprio selo musical
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Babu Santana lança seu próprio selo musical

O artista  Babu Santana anunciou o lançamento de seu próprio selo musical, a Paizão Records, que nasce com o intuito e ceder espaço a uma gama de novos artistas do cenário do rap, funk e trap que durante a pandemia não têm como montar um estúdio para gravar suas obras e ganhar visibilidade, são artistas que já estão a algum tempo tentando furar a bolha do mainstream.

Babu, que será diretor artístico da nova label, cedeu o seu home estúdio para alguns profissionais que já estavam há mais de três meses em isolamento em sua casa, produzindo com ele. O primeiro lançamento será feito nesta terça-feira, com o single “Prioridades Pra Quem?”, no qual tem a participação de Babu Santana, Kowl, Manu, Mc Estudante e Lacerda.

A ideia do projeto surgiu enquanto Babu, que já faz parte da banda Babu Santana e os Cabeças de Água-Viva, começou a pensar em novos conteúdos para lançar. O beatmaker e produtor musical Lacerda e o produtor artístico Hugo Grativol estavam envolvidos no projeto.

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Babu Santana lança seu próprio selo musical

Foto: Divulgação | Melina Tavares

Durante o ócio criativo da quarentena, eles começaram a criar novos conteúdos independentes em conjunto e então iniciaram a produção dos primeiros singles do selo, no qual Lacerda e MC Estudante participam. O selo não é um projeto social, mas os royalties são divididos igualmente por todas as partes envolvidas.

O lançamento do mês será o trap “Prioridades Pra Quem?”, no qual virá com um clipe e traz um desabafo a respeito da situação da pandemia no país. O videoclipe foi dirigido por Babu Santana, feito também em sua casa com a ajuda das pessoas que moram com ele, diminuindo assim os riscos ao vírus. Todos foram devidamente testados antes da produção do audiovisual. A composição da letra é assinada por todos os intérpretes. A Paizão Records já tem cinco músicas e clipes prontos para serem divulgados.

Os lançamentos serão feitos quinzenalmente nas primeiras três músicas e, após isso, serão lançadas de forma mensal.

Sobre a música, Babu explica de onde veio o tema e a vontade de falar a respeito: “Uma das coisas que eu sentia falta nesse segmento é a marca não só do protesto, mas o social. Nós estamos abordando um contexto humano que está acontecendo no mundo inteiro e isso não pode ser ignorado. Principalmente no trap, que vem do rap que é música de protesto. É a voz da periferia, a voz da resistência, da juventude. Eu entendo que o papo está um pouco redundante e dúbio, tem muita gente que ouve e muita gente que não quer saber de nada, isso é um ponto do porquê não conseguimos comunicar. A gente não precisa fazer uma campanha, não precisamos comover o mundo, só precisamos dizer o que está no nosso peito. Quando paramos para falar sobre a música, fiquei muito feliz porque a gente ia mandar uma luz. Todo o nosso projeto aqui vai preencher os requisitos do segmento e mostrar que tem formas bacanas e criativas da gente falar da mesma coisa. Aplicar o mundo ao redor” .

O trap, que tem uma forte influência do rap, está em ascensão no país, principalmente nas periferias. A intenção da Paizão Record é investir no gênero e utilizar o vasto background musical do Babu para não somente direcionar a carreira dos artistas, mas também não deixar a essência da música se perder. Como o próprio Babu diz: “O rap dá voz pra quem precisa falar, o rap é democrático ”. Pensando nisso, Babu está envolvido em todos os processos dos lançamentos que virão a seguir, desde a produção musical até composição das letras e conceitos do clipe para que as obras levem suas mensagens de uma forma diferente.

Sobre o desafio de uma produção artística em meio a pandemia, Hugo Grativol comenta: Olha, nos filmamos mais de três clipes com uma lente só. Filmamos só com o pessoal que está aqui na casa do Babu, tiveram uma ou duas pessoas de fora. Todo mundo foi fazer teste. A equipe foi formada por amigos e vizinhos, então uma vizinha que era figurinista, outra que era maquiadora e o marido dela era dublê… Então a gente tinha tudo ali, só faltava fazer, mas foi um desafio. Até porque estamos em lockdown, está fechado, conseguimos alguns apoios para a produção de detalhes do clipe, mas a maioria tivemos que utilizar o que tínhamos na casa mesmo” .

A música estará disponível em todas as plataformas de streaming pela ONErpm às 12h junto com o clipe no YouTube.

Fonte: IG GENTE

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