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Novas sedes de delegacias e investimento em tecnologia são abordados em entrevista do delegado-geral à radio CBN

Raquel Teixeira/Polícia Civil-MT

Estrutura de delegacias no estado, concurso público, investimentos em tecnologia para aprimorar a prestação de serviços, pandemia, violência contra a mulher e mecanismos de combate e as parcerias institucionais foram alguns dos assuntos abordados pelo delegado-geral da Polícia Civil, Mário Dermeval Resende em entrevista nesta segunda-feira (19), à rádio CBN Cuiabá.

 
Fotos: Rádio CBN Cuiabá

O gestor da instituição destacou que a tecnologia já faz parte do dia a dia da Polícia Civil, a exemplo da criação e implantação do Inquérito Policial Eletrônico e integrado ao sistema do Poder Judiciário, com transmissão dos procedimentos em tempo real, além de outras ferramentas que estão em fase de instalação e outros produtos em desenvolvimento.

“A investigação, que é nossa expertise, exige de forma crucial que a tecnologia seja nossa aliada. Com a implantação do inquérito eletrônico estamos caminhando para papel zero na instituição, o que vai gerar uma economia de até R$ 4 milhões em gastos ao ano que podem ser aplicados em outras áreas da Polícia Civil. As novas tecnologias vêm para melhorar os fluxos de trabalho e o atendimento ao cidadão”, argumentou o delegado.

Violência contra a mulher

A Polícia Civil está com diversos produtos tecnológicos em fase de implantação que serão destinados ao atendimento a vítimas de violência doméstica e familiar. A equipe de tecnologia da informação está em fase final de produção do sistema de medida protetiva online, onde de um dispositivo com acesso à internet a vítima pode solicitar a medida de proteção de urgência, que é imediatamente avaliada pelo órgão policial e encaminhada à Justiça e o aplicativo Salve Maria, que terá o botão de pânico pelo qual a vítima pode acionar a polícia em caso de violência.

 “O cenário demanda uma atenção maior por parte da segurança pública, especialmente no aparato de acolhimento das vítimas. Por isso reforçamos ás vítimas de violência doméstica que procurem efetivamente a Polícia, a qualquer sinal de violência ou de risco.

Estrutura de delegacias

O planejamento estratégico da Polícia Civil definiu a construção ou locação de prédios para diversas unidades. Em alguns municípios, os prédios estão em construção por meio de parcerias com o Ministério Público e Poder Judiciário, como em Sorriso, Matupá, Peixoto de Azevedo e Campo Verde.

Em Sinop, foi locado um prédio, que passou por adequações para abrigar todas as delegacias da cidade em um mesmo complexo, de quase 4 mil metros quadrados, sendo mais de 2,2 mil metros construídos. A Cidade da Polícia de Sinop terá espaço amplo, confortável e adequado para o trabalho das equipes e atendimento à população. Serão reunidas no mesmo endereço a Delegacia Regional de Sinop, a 1ª Delegacia de Polícia, a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Delegacia Especializada de Defesa da Mulher Criança Adolescente e Idoso e o atendimento da Central de Plantão.

Em Cuiabá, a Delegacia de Defesa da Mulher ganhará também uma nova sede, com mais espaço e estrutura para atendimento às vítimas e trabalho das equipes policiais. A DEDM da Capital sairá do atual endereço, na Rua Joaquim Murtinho, e será instalada em um moderno prédio na Avenida Carmindo de Campos, que também deve ser inaugurada em maio.

A Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA) também terá uma sede totalmente ampliada, obra realizada em parceria com o Detran-MT, no complexo no Centro Político e Administrativo, com mais espaço. O pátio de veículos foi totalmente limpo, sucatas prensadas e destinadas à reciclagem.

Investimentos e novas delegacias

O delegado-geral reforçou o papel da Delegacia de Combate à Corrupção, unidade criada no final de 2019 e que teve parte das atribuições desmembradas da Delegacia Fazendária. Ele destacou que a Deccor atua nas situações de improbidade administrativa e proteção do erário público.

“É uma delegacia com trabalho bastante complexo e o resultado das investigações desse tipo de delegacia você só fica sabendo no dia da operação e os resultados estão fluindo muito bem. Existem diversas investigações que acabaram detectando irregularidades e apresentarão seus resultados”, pontuou o delegado Mário Resende, acrescentando que investimentos para ampliar a capacidade investigativa da unidade e do Laboratório de Lavagem de Dinheiro receberão aporte de R$ 5 milhões de investimentos neste ano.  

Outra unidade instalada recentemente para fazer frente às necessidades investigativas diante do cenário de crimes cada vez mais ocorrendo em ambientes virtuais é a Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos.

A nova sede da Polícia Civil também é uma das conquistas comemoradas, projeto que foi pensado ao longo de cinco anos e meio. Os investimentos para o prédio que será erguido no Centro Político é resultado de trabalho da Polícia Civil em investigações sobre improbidade administrativa e atos de corrupção. Os R$ 30 milhões que serão empregados na construção da sede própria são provenientes de um Termo de Ajustamento de Conduta celebrado com o Ministério Público e homologado pela Justiça.

Concurso público e efetivo

O delegado-geral falou também da necessidade de reposição do efetivo policial, especialmente considerando que o atual lotacionograma da instituição é de 2003, com a estrutura do Estado e a população daquela época.  “A população de Mato Grosso cresceu 33% de lá para cá. Sofremos uma carência de investigadores e escrivães e para delegado estamos com um concurso ainda válido. Trabalhamos com o governo de fazermos novas nomeações para delegados, diante das vacâncias que temos, com aposentadorias ou desistências e de maneira bastante coerente apresentamos o planejamento para essas nomeações e também para um novo concurso destinado a investigadores e escrivães”, explicou Dermeval.

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Todo o planejamento apresentado ao Governo do Estado leva em consideração as restrições legais para nomeação de novos servidores, uma vez que estão permitidas legalmente as nomeações apenas nos casos de vacância (aposentadoria ou morte). “A realização de um concurso público exige um período considerável de organização e o trabalho de formação dos policiais, tempo que chega a 1,5 ano e se considerarmos que as turmas que entraram em 2001, 2002, daqui um tempo já estarão se aposentando”.

O delegado-geral lembrou ainda que diante dos investimentos tecnológicos, o trabalho dos futuros policiais exigirá ainda mais empenho e conexão com as novas ferramentas de inteligência artificial.

Fonte: PJC MT

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