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Enfermeiros e técnicos de MT estão exaustos, com medo e morrendo

O presidente do Coren aponta que nas unidades, públicas e privadas, os profissionais têm atendido muito além de suas capacidades o que têm causado enorme desgaste.

Repórter MT

Profissionais deveriam atender 3 pacientes, mas têm atendido 10 pacientes

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren), Antônio César Ribeiro, contou ao  que, a situação dos enfermeiros e técnicos é preocupante e a classe está literalmente morrendo por conta do descaso e sobrecarga de trabalho desumana.

“Cansaço, exaustão, medo, adoecimento são consequências disso. É grave, pois daqui a pouco não vamos ter profissionais… Estão adoecendo e morrendo. Já são 40 mortes [ por covid] entre a classe de enfermagem do Estado”, afirma o presidente.

Chegam diversos relatos ao Coren, e o que eles têm em comum é sobre a sobrecarga de trabalho e do psicológico abalado dos profissionais. Cada profissional deve atender três pacientes, mas tem atendido 10 pacientes. O Coren tem se dedicado a fiscalizar os hospitais, mais especificamente em suas unidades da covid-19, e notificado aqueles que estão descumprindo as leis.

Antônio César diz que após essas notificações, se existe ausência de resposta, ou uma resposta inadequada, o sindicato recorre às normas jurídicas. O Coren tem movido ações civis públicas, pelo Ministério Público do Trabalho, para que possa ajudar os profissionais.

O presidente aponta que as unidades, públicas e privadas, não têm respeitado o quantitativo necessário de profissionais para atuarem e por diversos motivos, tem esgotado enfermeiros e técnicos. “Um técnico não tem condições de atender 10 pacientes é desumano”, aponta.

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Indo mais além, o presidente pondera que o Estado não irá conseguir contratar profissionais para abrir novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por conta das condições ofertadas.

“O Governo não vai conseguir porque as pessoas acabam evitando o trabalho; primeiro por ser um trabalho precário, que não tem contrato formal. São contratos temporários, sem nenhuma garantia. Não tem segurança, pois não há proteção social. Em caso de adoecimento e morte não é dado direito a nada. Segundo, as condições não favorecem. São jornadas extensas, uma sobrecarga em função do quantitativo e insuficiência de pessoal. Isso está acontecendo no Estado inteiro”, argumenta.

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