Levantamento realizado pela União dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime, em parceria com a Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, aponta que as aulas foram retomadas na modalidade remota, neste mês de fevereiro, em 100 cidades do estado. Dois municípios optaram por retornar as atividades em janeiro, nove em março, seis em abril e um não respondeu. Gestores de 22 cidades optaram pela modalidade híbrida, cinco de forma presencial e um não tinha definido.
Do total de prefeituras, 128 participaram da pesquisa. O questionário também abordou as medidas adotadas para garantir o retorno seguro dos estudantes às salas de aula. Com relação `a implantação de protocolos de biossegurança para prevenção da Covid, 55 responderam que estão debatendo as medidas, 49 já tinham concluído, 17 não responderam e sete não iniciaram.
A pesquisa, feita em janeiro com secretários municipais de Educação ou com técnicos indicados por eles, também questionou as medidas compensatórias a serem utilizadas pelos municípios este ano visando o planejamento de ações pedagógicas para minimizar as perdas no processo do ensino aprendizagem. Dos entrevistados, 50 estão debatendo as medidas a serem adotadas, 28 já concluíram o planejamento, 42 não responderam e oito não iniciaram.
O presidente da AMM, Neurilan Fraga, disse que o retorno seguro das aulas é uma prioridade para os prefeitos, considerando os riscos que a pandemia ainda oferece. “Desde o ano passado estamos debatendo essa questão para encontrar a melhor maneira de retomar as atividades escolares, pois a saúde pública é prioridade”, assinalou.
Fraga frisou que é preciso manter as normas de segurança, como o distanciamento entre os alunos, o uso de máscaras e medidas de higienização. Para isso é necessário uma adequação das estruturas e garantir orçamento para compra de materiais de limpeza.
Desde o início da pandemia a AMM orienta os prefeitos sobre medidas preventivas, destacando a importância do retorno seguro das aulas. A instituição integrou comissão especial criada pela Assembleia Legislativa para analisar a retomada das atividades escolares. A comissão foi criada em maio e contou com a participação de entidades ligadas à Educação que se reuniram de forma virtual em torno das discussões propostas por núcleos temáticos. Os trabalhos da comissão foram encerrados no início de setembro e resultaram na elaboração de Propostas de Resolução e os Projetos de Lei ligados à educação que devem tramitar em regime de urgência na Assembleia Legislativa.
Seduc – A secretaria de estadual de Educação deu autonomia para as prefeituras decidirem quando é o período certo para o retorno gradual das atividades escolares, seguindo os protocolos de segurança. A retomada das aulas nas redes estadual e municipal ainda é um dos maiores desafios para todos os gestores, seja no ensino remoto ou híbrido. As escolas enfrentaram uma série de entraves para conseguir manter as crianças e adolescentes em algum contexto de aprendizagem durante o isolamento social. Após uma série de debates, os estudantes da rede estadual de ensino já iniciaram as aulas no formato não presencial devido ao crescimento de casos de Covid-19 nas últimas semanas e, consequentemente, a alta demanda por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Mato Grosso.