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Municípios ainda não receberam a quantidade suficiente de vacinas para a população

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, avalia o quadro da vacinação e informa que a quantidade de doses  recebidas pelos municípios ainda é insuficiente para atender a população. Ele já conversou com o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, sobre a logística de distribuição da vacina. A distribuição foi estipulada por meio  dos municípios polos como: Água Boa, Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Colíder, Peixoto de Azevedo, Pontes e Lacerda Porto Alegre do Norte, Rondonópolis, São Félix do Araguaia, Sinop e Tangará da Serra. 

Conforme o plano estadual de imunização, a quantidade de doses que o estado dispõe é suficiente para imunizar somente 80% dos servidores da área da Saúde. Alguns prefeitos reclamam que ainda não receberam a última remessa da vacina Astrazênica para atender os trabalhadores do setor.

O presidente da AMM destaca que esta situação reflete a linha de conduta do presidente Bolsonaro, que negou e menosprezou a pandemia do Coronavírus. “Ele desconstruiu a imagem da vacina Coronavac e ainda continua resistindo a não adquirir a vacina para atender toda a população. Infelizmente o Presidente da República subestima o quadro da pandemia, que registra por todo o país milhares de pessoas contaminadas e de óbitos pela Covid-19”, observou.

Fraga chamou atenção para a situação de Mato Grosso, que já registra mais de 5 mil mortes, com crescimento da taxa de ocupação de leitos de UTI, uma situação preocupante para todos os prefeitos. “O Estado está buscando maneiras de resolver a situação dos hospitais para atender a demanda de pessoas contaminadas pelo vírus , muitas em estado grave”, argumentou.

Com relação à disposição da Assembleia Legislativa em ajudar na aquisição de vacinas, Fraga considera a atitude louvável, mas segundo ele, neste momento terá muita dificuldade. O Governo Federal centralizou a compra das vacinas no Ministério da Saúde e não autoriza que os Estados façam a compra direta. ”Vivemos um dilema, o Governo Federal não aceita que os Estados  nem o setor privado adquiram os lotes de vacinas diretamente dos laboratórios que produzem e vendem diretamente para o Ministério da Saúde”, assinalou.

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Plano de Imunização

Conforme o plano de imunização, as três primeiras fases incluem os grupos na primeira fase: trabalhadores de saúde; pessoas de 75 anos ou mais; pessoas de 60 anos ou institucionalizadas; população indígena aldeado; povos e comunidades tradicionais ribeirinhas. Na segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos. Já na terceira fase: pessoas com comorbidades.

A quarta fase inclui os trabalhadores de educação, servidores do sistema prisional, policiais e bombeiros, integrantes das forças armadas, e presos, além dos trabalhadores do transporte coletivo e os  transportadores rodoviários de carga.

O Governo do Estado já manifestou oficialmente interesse em comprar as vacinas, mas ainda não conseguiu. Desde dezembro, o governador Mauro Mendes formalizou a intenção de adquirir 500 mil doses da vacina Coronovac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa Sinovac, e ainda  pediu auxílio do Instituto Brasil China para adquirir 1 milhão de doses de vacinas produzidas por indústrias chinesas, mas ainda aguarda uma solução.

Fonte: AMM

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