Pela primeira vez, em seus 123 anos de existência, a Academia Brasileira de Letras (ABL) empossou hoje (11) sua nova diretoria para 2021 completamente vazia, sem público e sem a presença dos acadêmicos, os “imortais”. A solenidade foi totalmente virtual.
A nova diretoria da ABL foi eleita no dia 3 de dezembro e reconduziu à presidência, pelo quarto mandato consecutivo, o poeta, professor universitário e escritor Marco Lucchesi.
Em seu discurso de posse, Lucchesi destacou que as instituições brasileiras precisam abrir suas portas e janelas. “E que se tornem mais coloridas e diversas, mediante a presença de afrodescendentes e povos originários. Assumir a diferença significa ampliar a emancipação, combater o racismo e democratizar a República. Não queremos a entropia do Mesmo: somos todos brasileiros. A nostalgia do Mais não recua. O futuro cresce no espelho. De rosto misterioso e seios fartos. Inteiramente feminino. Começam as dores do parto. Sentimos desde já a sua beleza”, afirmou o presidente da ABL.
Foram empossados também o secretário-geral, Merval Pereira; primeiro-secretário, Antônio Torres; segundo-secretário, Edmar Bacha; e tesoureiro, José Murilo de Carvalho.
O modelo inédito da sessão solene estará disponível para o público no portal da instituição.
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Edição: Fernando Fraga