Três em cada dez moradias da região metropolitana de São Paulo, com exceção da capital paulista, estão em áreas de risco, ou seja, locais com grande probabilidade de inundações, escorregamentos e erosões. Foi o que revelou o estudo Mapeamentos de Risco nas Escalas Regional e Local, apresentado nesta quarta-feira (9) no seminário Estratégias para Redução de Riscos e Desastres a Eventos Geodinâmicos.
Segundo o estudo, que abrange 38 municípios da região metropolitana, 26,35% das 2,19 milhões de moradias da região metropolitana de São Paulo têm algum risco, mesmo que baixo ou muito baixo, que requer algum cuidado. Em números absolutos, isso significaria que 578.238 edificações da região estão instaladas em área de risco.
Durante o seminário, o pesquisador Cláudio José Ferreira, do Instituto Geológico, afirmou que 6% dessas edificações estão localizadas em áreas críticas, de risco alto ou muito alto, o que exigiria ainda mais atenção do Poder Público. Risco alto ou muito alto aponta alta probabilidade de eventos de deslizamentos, principalmente em casos de chuvas intensas.
Os municípios que apresentam a proporção mais alta de moradias em áreas consideradas críticas (ou seja, de risco alto) são Rio Grande da Serra, que tem 18,86% do total de edificações nessa situação, Franco da Rocha (16,63%), Caieiras (14,55%), Itapevi (14,47%), Ribeirão Pires (13,62%), Mauá (12,74%) e Santo André (10,39%).
Acidentes e desastres
Durante o seminário, o pesquisador apresentou ainda um cadastro de acidentes e desastres naturais ocorridos entre os anos de 1994 e 2018 em todo o estado.
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Segundo o estudo, nesse período, foram registrados 27.738 desastres naturais ocorridos nas áreas de risco da região metropolitana, entre os quais deslizamentos de encostas e enchentes. Esses desastres ou acidentes provocaram 1.104 mortes e afetaram mais de 92,5 mil pessoas e 27,5 mil moradias.
Edição: Nádia Franco