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Entidades debatem ações estratégicas para tornar Mato Grosso livre da febre aftosa sem vacinação

O reconhecimento nacional de uma região do estado de Mato Grosso como livre de febre aftosa sem vacinação já ocorreu. Mas outros desafios como o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), abertura de novos mercados, retirada da vacinação de outras partes do estado, melhoria da comercialização, precisam ser vencidos.

Atentos a essas necessidades, entidades que compõem o Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa em Mato Grosso (PNEFA/MT) promoveram na quinta-feira (22.10), no formato on-line, o 2º Fórum Estadual de Vigilância Contra a Febre Aftosa: caminho para tornar Mato Grosso livre sem vacinação.  

Na ocasião foram apresentadas as medidas necessárias que devem continuar sendo efetivadas para que todo o estado seja livre de febre aftosa sem vacinação. Uma delas é a implantação do sistema de compartilhamento de documentos do rebanho, garantindo mais agilidade, segurança, redução de custos para o estado e pecuaristas. Outra é a busca pela retirada da vacinação com segurança no ano de 2022.

“A cadeia produtiva da carne é um dos pilares da economia de Mato Grosso. O Governo do Estado reconhece a importância de ser parceiro desse movimento. O Fórum mostrou que tudo está sendo feito com coerência a fim de cumprir os protocolos necessários do mercado nacional e internacional”, destacou Walter Valverde, secretário adjunto de Investimentos e Agronegócio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Novas oportunidades para o mercado de carnes também foram amplamente debatidas durante o Fórum. Daniel Latorraca, superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostrou o crescimento da produção de Mato Grosso e da comercialização da proteína animal. “A certificação de livre de aftosa sem vacinação poderá ampliar venda da carne bovina para países como os Estados Unidos e o Japão e poderá também melhorar os preços do produto exportado. Mato Grosso está se preparando para isso no quesito produtivo e sanitário, trazendo mais oportunidades para atender novos mercados. A questão sanitária resolvida cria novas estratégias de demanda por carne”, informou.  

As questões sobre os riscos da reintrodução da febre aftosa e qual a situação dos países vizinhos (Bolívia, Paraguai, Peru e Venezuela) frente ao novo momento de concretização de zona livre de aftosa, foram apresentadas para os participantes do Fórum. De acordo com Alejandro Rivera, coordenador do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), a não certificação de zona livre de febre aftosa diminui oportunidades de aumentar investimentos no rebanho e de fazer melhores comercializações.

“Se a região é livre de aftosa, não há necessidade de manter a vacinação. Se não tem risco, não precisa vacinar. Por que se não os compradores vão continuar considerando como se não fizesse bem feito as políticas sanitárias. Todos os países livres sem vacinação vão conseguir impor protocolos sanitários e o tratamento com os compradores é diferente. Se os riscos já foram mitigados, não há necessidade de manter a vacinação. Todos ganham com a eliminação da vacinação: governo, produtores, veterinários e sociedade”, ressaltou Alejandro.

O processo de transição de zonas livres de febre aftosa faz parte do PNEFA e do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Em Mato Grosso, o município de Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína são reconhecidos oficialmente desde 1º de setembro como livres de febre aftosa sem vacinação, conforme instrução normativa assinada pela ministra Tereza Cristina, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os estados do Acre, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas também receberam esse reconhecimento. No Brasil, apenas o estado de Santa Catarina tem o reconhecimento internacional da OIE.

A certificação de áreas livres de febre aftosa é feita mediante estudos soroepidemiológicos e com ferramentas que demonstram a não presença do vírus e garantem a suspensão da vacinação. “A responsabilidade da administração da vacina será substituída pela ação de vigilância”, afirmou Felipe Peixoto, médico veterinário e responsável pelo programa de febre aftosa no Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea MT). Ele mostrou durante o Fórum o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto junto à classe produtora para a promoção da defesa sanitária animal.

No Fórum foram apresentados os resultados de pesquisas e de testes com sorologia, e estes têm comprovado que o Brasil é livre de febre aftosa. “A atenção do produtor e a fiscalização dos órgãos fazem a força para a permanência de livre de aftosa. As liberações de zona livres estão acontecendo em bloco, com muito trabalho, cuidado, testes e coleta de amostras do rebanho”, explicou Felipe Peixoto.

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Para Francisco Olavo Pugliesi de Castro, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), os pecuaristas são conscientes da importância da segurança da sanidade animal e contribuem para que o estado receba a certificação. “Tanto é que as pesquisas estão mostrando que não há vírus circulante no estado. Há anos produzimos com muito rigor a fim de garantirmos a eficácia da vigilância e do controle sanitário. Logo vamos conseguir tirar a vacinação em todo o estado sem nenhum risco para o produtor rural, nem para o estado e nem para a economia”, ressaltou.  

O 2º Fórum Estadual de Vigilância contra a febre aftosa foi realizado pelas seguintes entidades: Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa), Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo).

Fonte: GOV MT

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