Natural de Arenápolis, Rafael Oliveira morava em Tangará da Serra já fazia bastante tempo, onde construiu uma legião de amigos e trabalhava com a força e a determinação de quem pretendia conquistar uma vida melhor para seus familiares. Ao lado de sua esposa Jeissy Debora Real, Rafael tinha sonhos e planos para o futuro.
Infelizmente, sentiu dores no peito na madrugada de domingo para segunda-feira. Procurou ajuda médica na UPA de Tangará da Serra. Não foi atendido. Informaram que estavam atendendo apenas casos de urgência. Rafael voltou para casa, mas as dores persistiam. Fui então ao Postinho Tangará II, onde também foi negado atendimento.
Com o quadro clinico agravando, familiares de Rafael acionaram o SAMU, que prontamente atendeu a ocorrência. A equipe do Samu percebeu que o caso de Rafael era grave e que precisava de atendimento de urgência. Ele foi levado para o hospital, sofreu um 2º infarto, não resistiu e foi a óbito.
Nossa reportagem teve acesso a uma mensagem de áudio, que esposa de Rafael, Debora Real, compartilhou com alguns amigos. Na mensagem, ela questiona se o seu marido tivesse recebido atendimento médico quando procurou a UPA pela 1º vez, se a vida dele não teria sido salva. “A gente nunca sabe a nossa hora certa. Eu penso, assim, se não tivesse negado o primeiro atendimento na UPA, 6h da manhã, quando ele foi, às vezes não teria salvo a vida dele, não teria dado o 2º infarto”
Em outra mensagem, Debora explica:
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“Ele começou sentir dor por volta das 2h da manhã, de domingo para segunda. Ai fui na UPA, negaram atendimento, aí ele voltou pra casa e foi no Postinho do Tangará II, negaram atendimento novamente. Foi pra casa, aí resolveram ligar o SAMU e o SAMU foi lá atender ele; viram que ele não estava realmente bem, levaram ele. Ele já havia sofrido um infarto em casa. Aí por volta das 2 e pouco da tarde, teve o segundo infarto e não aguentou”.
Omissão de socorro
Segundo informações colhidas pela Bronca Popular, a família de Rafael Oliveira estuda, juntamente com um advogado, acionar o município por negligência médica e omissão de socorro. O caso também deve ser levado ao conhecimento da Polícia Judiciária Civil e do Ministério Público Estadual.
Fonte: A Bronca Popular
