Os Jogos Olímpicos de Tóquio de 2021 próximo seguirão um programa de competição quase idêntico ao previsto para este ano antes de o evento ser adiado por causa da pandemia de coronavírus (covid-19), disseram os organizadores do evento nesta sexta (17).
Em março deste ano, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o governo japonês decidiram adiar os Jogos para 2021 e os organizadores estão trabalhando para reorganizar um evento que está sendo planejado há quase uma década.
A nova data da cerimônia de abertura no recém-construído Estádio Nacional (23 de julho de 2021) já havia sido anunciada, mas o cronograma completo ainda dependia de aprovação final até esta sexta, quando o comitê organizador dos Jogos de Tóquio fez uma apresentação para a Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI).
A intenção inicial era que os Jogos começassem em 24 de julho de 2020.
“Hoje podemos informar que confirmamos o cronograma da competição e o uso de todos os locais originalmente planejados para este ano, incluindo o local da vila de atletas e do principal centro de imprensa”, disse o CEO do Comitê Organizador dos Jogos, Toshiro Muto.
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A nova programação significa que o softbol feminino iniciará sua competição no dia 21 de julho em Fukushima, dois dias antes da abertura oficial dos Jogos, com todos os eventos ocorrendo um dia antes da programação de 2020.
Também aconteceram algumas pequenas alterações nos tempos de duração de sessões.
Os Jogos serão os maiores de todos os tempos, com 339 medalhas em disputa, antes da cerimônia de encerramento, em 8 de agosto.
Um dos maiores obstáculos para os organizadores foi garantir os 42 locais de competições necessários para os Jogos, já que muitos já haviam sido reservados para 2021.
No entanto, Muto disse que todos os locais de competição foram garantidos.
Os eventos de maratona e marcha atlética permanecerão na cidade de Sapporo, no norte, depois de terem sido removidos, de forma controversa, de Tóquio por causa do calor escaldante do verão.
John Coates, chefe da comissão de coordenação do COI, disse que garantir os locais de competição era uma “tarefa massiva”.
“Estamos falando de locais em propriedades diferentes”, afirmou o dirigente na sessão.
“Estamos falando também de garantir a vila olímpica que foi construída por um consórcio de 11 empresas diferentes, que concordaram em adiar a data em que poderão entregar os apartamentos ao público”, delcarou.
O próximo desafio para os organizadores dos Jogos de Tóquio é desenvolver medidas para ajudar a impedir a ocorrência de um surto do novo coronavírus (covid-19) durante os Jogos e quanto o atraso custará aos contribuintes japoneses.
Muto disse que as decisões serão tomadas sobre essas questões mais para a frente: “Teremos uma discussão completa sobre as contramedidas da covid-19”.
“Porém, como exemplo, os tópicos e temas que podemos discutir são controle de imigração, estruturas aprimoradas de teste e o estabelecimento de sistemas de tratamento e medidas contra a covid-19 nas áreas de acomodação e transporte”, declarou.