Devido o isolamento social, na tarde desta segunda-feira (15 de junho), foi realizada a primeira reunião por vídeoconferência pelo Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus em Diamantino. O debate foi conduzido pelo presidente do Comitê, prefeito Eduardo Capistrano. As questões debatidas dizem respeito à possibilidade de estabelecer novas medidas restritivas de combate à disseminação da doença no município. Atualmente Diamantino tem 09 casos de Covid-19 confirmados, 92 pacientes notificados, 81 em isolamento domiciliar, 02 recuperados, 01 óbito e nenhum hospitalizado.
Também participaram da reunião a ´presidente do Conselho Municipal de Saúde, Tânia Maria Rocha; o procurador do município, Ramon Oliveira; a presidente da Associação Comercial e Industrial de Diamantino (ACID), Sandra Baierle; a promotora de justiça Maria Coeli; as secretárias municipais, Edith Marmos (Educação) e Wilma Mamprini Capistrano de Oliveira (Assistência Social); a presidente da Associação Madre Paulina, Isolete Dalmolin; o Pároco da Diocese, Padre Rodrigo de Oliveira; o presidente da Associação de Pastores e Ministros de Diamantino, pastor Francisco Nijini Barroso, a coordenadora epidemiológica, Karoline Almeida Mazur e a professora Adriane Santana.
Na oportunidade, Capistrano falou sobre a possibilidade de novas medidas de restrições de combate ao avanço da doença na cidade ante o aumento do número de casos confirmados de pacientes infectados. “Queremos expor nossas sugestões e ouvi-los para tomar decisões. Nesse momento precisamos nos unir a fim de criar novas estratégias com medidas menos prejudiciais possíveis para a comunidade como um todo. Que o comércio não sofra mais ainda, que as igrejas possam continuar com as missas e cultos e as pessoas possam se sentir mais seguras. Mas não podemos permitir que as regras impostas continuem sendo desrespeitadas”, declarou.
A Promotora Coeli declarou que concorda com “posicionamento mais rígido do prefeito” como meio eficaz de enfrentar o problema no município. “Todos nós, toda a população, a gente não está preparado para enfrentar isso só com nossa consciência. Minha opinião agora é prevenção, restringir ao máximo pelo menos pelos próximos 15 dias em virtude do número de casos confirmados na cidade assim como a quantidade de exames que dependem de resultado do Lacen, comentou.
Anzil frisou que, apesar de todos os esforços, ainda são constantes as aglomerações na cidade, principalmente nos finais de semana e feriados, quando ocorrem inúmeras festas particulares e isso serve de parâmetro para tornar mais rigorosas as regras de distanciamento social. Sendo assim, as medidas como toque de recolher, flexibilização de cultos e missas, dentre outras, devem ser repensadas. “Os índices atuais, no município, estado e no país nos deixa assustados Precisamos de mais restrições, porque teremos um pico maior do que se imagina. O processo é muito dinâmico e os números mudam a cada dia e não queremos mais prejuízos com o sistema colapsando. Não temos mais leitos de UTI no Estado de acordo com os números de pessoas doentes”, alertou.
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Baierle destacou que debater novas medidas é extremamente importante, no atual cenário. “Queremos que o comércio permaneça aberto, mas algumas ações de restrição são necessárias, em razão da quantidade de casos que temos na nossa cidade e também pelo comportamento da população que, em sua maioria, não coopera com as regras do comércios locais. O grande problema, hoje, não é pela parte dos comerciantes e nós sabemos, mas pela forma como muitas pessoas continuam a insistir em desobedecer”, pontuou.
Ao final, da reunião o comitê deliberará sobre novo decreto com as possíveis medidas restritivas.