O Programa Estadual de Transplantes (PET), responsável pela captação e transplantes de órgãos no Rio de Janeiro, bateu mais um recorde histórico no primeiro trimestre deste ano. Ao todo, foram 254 órgãos sólidos transplantados no primeiro trimestre, um aumento de quase 54% em relação ao mesmo período de 2019. O índice coloca o Rio de Janeiro em terceiro lugar no ranking nacional de doadores de órgãos, atrás apenas de São Paulo e do Paraná.
Segundo o diretor do programa, Gabriel Teixeira, “a meta de 2020 era passar da 11ª posição, alcançada em 2019, para 4ª até o fim do ano. Hoje, em números absolutos, já somos o 3º do Brasil em doadores de órgãos. Há dez anos, estávamos em 14º lugar em captação de órgãos. Saímos de 5,1 para 22 doações por milhão de habitantes e a meta é passar a marca de 24 doações por milhão de habitantes nos próximos dois anos. Quando comparamos o Rio com outras localidades, percebemos o grande avanço do programa”, disse.
Pandemia
Teixeira mostra preocupação quanto aos próximos meses. Segundo ele, a pandemia da covid-19 pode impactar os números de doação não apenas no estado do Rio, mas em todo o mundo. Há mais dificuldade de acesso às famílias de possíveis doadores. Além disso, os óbitos que tiveram a covid-19 há menos de 28 dias não podem ser doadores.
“Esperamos uma queda no resultado nos próximos meses. Mas é importante enfatizar que o sistema não parou nem por um dia, não foi interrompido. Os transplantes foram mantidos, apesar das dificuldades impostas pelo vírus”, disse Gabriel.
Programa
Criado em 2010, o Programa Estadual de Transplantes já realizou 19 mil procedimentos nos últimos anos.
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Ele realiza transplantes e captação de coração, fígado, rim, pâncreas, medula óssea, osso, pele, córnea e esclera (membrana que protege o globo ocular). A principal meta é buscar o “sim” das famílias para salvar vidas por meio da doação de órgãos.
Edição: Kleber Sampaio