Com crescimento dos casos da covid-19 e com 70% dos leitos públicos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados, Mato Grosso vive um colapso na área da saúde. Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirma que já não há mais vagas em UTIs particulares e as disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem atingir 100% de ocupação ainda esta semana. O cenário se confirmou após a divulgação do boletim informativo desta terça-feira (9). O documento mostra que 6 hospitais com leitos públicos já atingiram suas capacidades máximas. Cada um deles está em uma região do Estado.
Segundo Figueiredo, há um crescimento de casos graves (que precisam de UTI) de forma acelerada, o que torna possível afirmar que a rede já “estrangulou”.
Desde o início desta semana, o Hospital Santa Casa (ocupação em 93%), na Capital, e o Hospital Metropolitano (90%), em Várzea Grande, que disponibilizam 80 UTIs pelo SUS, estão “lotados”, sem capacidade para receber pacientes. Em Rondonópolis, a situação não é diferente, a ocupação está em 90% e há apenas uma vaga em leito intensivo disponível. Já em Sorriso, Sinop, Barra do Garças e Cáceres não há mais UTI, e a Capital tem recebido todos os dias pacientes vindo do interior em estado grave.
Durante entrevista na live realizada ontem (9), o secretário pediu, em caráter de urgência, a imediata a liberação de 30 UTIs do Hospital São Benedito, em Cuiabá, para amenizar o quadro. A prefeitura, por sua vez, garante que eles estão à disposição. Além da falta de UTI, o Estado tem dificuldade para comprar equipamento e encontrar profissionais para atender na pandemia.( Gazetadigital)
